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Liana Cirne diz que inelegibilidade de Bolsonaro será um “momento histórico para o Brasil”

Vereadora do Recife Liana Cirne (PT) - Foto: Reprodução

Em mais uma live, a vereadora do Recife e professora da UFPE, Liana Cirne (PT), comentou, de forma simultânea, o julgamento de inelegibilidade de Bolsonaro, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Liana destaca o placar de  3 a 1 contra o ex-presidente e  que o resultado desta sexta-feira, 30 de junho, será um “momento histórico para o Brasil”. A vereadora retoma os comentários a partir das 11h30 desta sexta.

Logo no início da live na quinta (29/06), a vereadora criticou o voto do ministro Raul Araújo, que foi contra a inelegibilidade do ex-presidente e se apegou à “minuta do golpe”.  

“Ele fez um julgamento contra a lei, fazendo a referência a tudo, mas não do principal, que seria o objeto da causa, fugindo do tema completamente. Essa tese não encontra fundamento nos fatos. Os fatos não aconteceram dessa maneira. Não é uma questão de haver ou não liberdade de expressão, é óbvio que ela existe. Todo mundo pode expressar seus pensamentos, inclusive Bolsonaro poderia ter defendido mais transparência nas eleições, sem cometer crimes, mas não foi isso que ele (Bolsonaro) fez.  Raul Araújo invocou uma teoria do diálogo institucional, algo que Bolsonaro não fez. Poderia ter dialogado com as instituições”, disse Liana Cirne. 

Na sequência, Liana parabenizou os votos dos ministros do TSE Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares, que seguiram o relator Benedito Gonçalves, ou seja, a favor de tornar Bolsonaro inelegível. 

“Floriano  foi extremamente didático, uma aula. Foi um voto também muito correto do ponto de vista processual, porque ele se debruçou sobre verdadeiramente sobre todos os aspectos da defesa e explica porque esses argumentos não têm pertinência.Isso é muito importante” 

Faltam votar outros 3, na seguinte ordem: Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes. Liana Cirne acredita que a ministra Cármen Lúcia vai votar para deixar Bolsonaro inelegível. 

“A expectativa é de que ela acompanhe o voto do relator, somando o quarto voto pela inelegibilidade. Vai ser muito bonito, porque o relator do caso, que abriu a votação pela inelegibilidade, foi um homem negro, e a ministra, que provavelmente vai formar a maioria, uma mulher. Será um momento histórico para o Brasil”, pontuou.

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