Lideranças partidárias vão a Barroso para tentar ampliar prazo das federações
A decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que as federações partidárias devem obter registro de estatuto até seis meses antes das eleições impactou no debate das agremiações para as eleições de 2022.
O prazo vem deixando apreensivas as lideranças partidárias que esperam se reunir com o magistrado na próxima semana. No encontro, os líderes devem fazer um apelo para esticar mais o prazo diante da complexidade do debate sobre as federações em apenas poucos meses.
Apesar da iniciativa, o senador Humberto Costa (PT) acredita que o apelo não deve vingar. "A resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) coloca para abril (o prazo de registro de federações). Inclusive, os partidos vão conversar com o ministro Barroso no sentido de dilatar um pouco esse prazo. Eu não acredito muito que isso va acontecer", avalia.
As federações foram criadas em norma de setembro de 2021. Pelo texto, as legendas podem se unir para apresentação de candidatos majoritários ou candidatos proporcionais. Sem coligações, a federação passou a ser vista como uma tábua de salvação para muitos partidos que não possuem estrutura para formar sua própria chapa partidária. A contrução de federações, contudo, é bastante complexa e passa por amplo debate partidário.
Caso as legendas adotem a federação, estarão vinculadas nas eleições em todos os estados, inclusive, para 2022. As costuras acabam esbarrando nas diversas realidades regionais dos partidos, fazendo com que muitos repensem suas estratégias eleitorais.