Lula formaliza convite, e Paulo Câmara aceita a presidência do BNB
Para assumir o cargo, será necessário apenas que o Senado mude a Lei das Estatais
Em reunião nesta terça-feira (7), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) formalizou o convite e o ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara (sem partido) aceitou assumir a presidência do Banco do Nordeste (BNB).
A indicação depende agora da aprovação no Senado de um projeto de lei que altere a Lei das Estatais e reduza o prazo para políticos assumirem cargos. A legislação em vigor exige que dirigentes partidários fiquem afastados das legendas pelo menos três anos antes de serem nomeados para cargos em empresas estatais.
O BNB tem 70 anos e tornou-se o maior banco de desenvolvimento regional da América Latina. Conta atualmente com 292 agências físicas e mais de 5,3 milhões de clientes ativos, além de ser responsável por grande parte da carteira de microcrédito do Brasil.
Paulo Câmara era primeiro vice-presidente nacional do PSB até 27 de janeiro de 2023, quando encaminhou ao partido carta de desfiliação. O ex-governador é formado em Economia, tem pós-graduação em Finanças, é auditor do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) .
Foi secretário de Administração e da Fazenda no Governo de Eduardo Campos e, também por indicação de Eduardo, candidatou-se ao Governo. Assumiu o Executivo estadual em 2014. Reeleito, entregou o cargo a Raquel Lyra (PSDB), no dia 1º de janeiro.
REPERCUSSÃO
Nas redes sociais o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos) e o estadual Rodrigo Novaes (PSB) se manifestaram, aplaudindo a escolha do presidente Lula.
"Gostaria de parabenizar o presidente pela excelente escolha. Paulo Câmara é um quadro qualificado que reúne todas as credenciais para o cargo e vai ajudar no desenvolvimento do Nordeste e do Brasil", escreveu Sílvio Costa Filho.
Para Rodrigo Novaes, foi uma "grande notícia". "O governador Paulo Camara será o novo presidente do Banco do Nordeste. Com sua experiência irá contribuir muito com o fortalecimento da instituição, mas, sobretudo, com a economia de nosso estado, fomentando nossos arranjos produtivos", registrou no Twitter.