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Mesmo após expulsão, Meira quer continuar no PTB

Um dia após a polêmica participação em evento do PSB, o prefeito eleito de Camaragibe, na Região Metropolitana, Demóstenes Meira (PTB), revelou que, apesar de ter sido expulso pelo dirigente estadual da sigla, não pretende deixar o partido.

"Continuo no PTB. Só se o doutor Armando (Monteiro) não me quiser. Aí, se doutor Armando continuar com o ato de expulsão, e me expulsar, aí eu fico livre pra caminhar no partido que eu quiser. Não é o meu desejo. Eu tenho um carinho especial por doutor Armando e jamais vou trai-lo", afirmou, em conversa com o Blog.

Questionado sobre quais partidos poderia ingressar, caso seja expulso realmente do PTB, Meira citou o PHS e o PMDB, do vice-governador Raul Henry. O futuro prefeito também afirmou ter convidado o vereador Geraldo Alves, do PMDB, para fazer parte dos quadros da gestão, além de outros três vereadores derrotados.

"Porque quero fazer o melhor por Camaragibe. E eles eram vereadores, que conheciam a cidade, que foram derrotados e que vão me ajudar a reconstruir a cidade. Eu não tenho comigo ira nem ódio", afirmou.

Meira repetiu que o senador Armando Monteiro Neto (PTB) foi avisado de que ele apoiaria o socialista Geraldo Julio à Prefeitura do Recife e que é ligado aos deputados estadual Alusio Lessa (PSB) e federal Marinaldo Rosendo (PSB).

O prefeito eleito disse, ainda, que não é proibido de participar de atos políticos de outros partidos. "Eu não sou proibido de ir pra ato politico de nenhum partido. Eu sou um homem livre, independente. Se o PSDB fizer um evento e me chamar eu vou. Se o PMDB me chamar eu vou. Eu sou independente. Eu sou filiado ao PTB e vou honrar o PTB. Mas em relação a minha cidade, por amor a Camaragibe, vou me sentar com o governador, eu vou me sentar com Michel Temer, eu vou me sentar quem quer seja necessário sentar para trazer recursos, obras e serviços para a minha cidade. Porque quem me deu vitória foi Deus e o povo de Camaragibe", justificou.

O petebista explicou que toda confusão envolvendo o seu nome no evento do PSB começou com uma brincadeira, quando aceitou usar, por sugestão de um socialista, um broche com a pomba do PSB. Na ocasião, disse que não tinha medo de usar o objeto, pois não devia nada a ninguém. "Só que eu não sabia que ia mexer tanto com a imprensa e com o povo", explicou. "Terminou eu sendo expulso pelo presidente do PTB, que não falou com doutor Armando e não foi a orientação de doutor Armando. De jeito nenhum", disse.

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