Miguel Coelho anuncia a disposição de sustentar seu grupo político no Estado
O ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (União Brasil) tem demonstrado força nos últimos meses. Retomou as entrevistas, reforçou as postagens nas redes sociais e passou a anunciar aos quatro cantos a disposição de, mesmo sem mandato, sustentar a força do grupo Coelho no Estado.
Para citar apenas alguns desafios, ainda no primeiro turno das últimas eleições, viu o prefeito Raimundo Pimentel, de Araripina, importante município do Sertão que teve o vice indicado pelos Coelho - migrar para Marília Arraes na disputa estadual.
Quinto colocado no pleito, com 884.941 votos, foi o primeiro cocorrente ao Governo de Pernambuco a, espontaneamente, declarar apoio à candidatura de Raquel Lyra (PSDB) no segundo turno das últimas eleições. Isso não significou nenhum espaço no Executivo estadual. O ex-gestor sempre negou ter pensado nisso na hora de decidir ficar ao lado da tucana.
Em abril deste ano, Miguel Coelho se juntou ao deputado federal Mendonça Filho para tentar desbancar Marcos Amaral do União Brasil no Estado. No fim, a Justiça manteve o advogado no comando da legenda.
Insatisfeito no União Brasil, Miguel Coelho começou a estreitar os laços com o ministro da Pesca, André de Paula, presidente regional do PSD. Quase já se sentia em casa e arrastaria seu sucessor em Petrolina, o prefeito Simão Durando.
Os irmãos - os deputados federal Fernando Filho e estadual, Antonio Coelho, seguiriam no União Brasil, devido à Legislação Eleitoral. O patriarca, o ex-senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), hoje sem mandato, continua nas articulações.
Ontem Miguel Coelho acordou com a notícia de uma possível aliança entre o PSD e Raquel Lyra, desenhada em nível nacional pelo presidente Gilberto Kassab e ratificada pelo ministro da Pesca.
A resposta veio pelos stories: "Não tivemos êxito em 2022, mas continuamos à frente do nosso grupo político. Vamos trabalhar para eleger mais prefeitos de 20 a 25 no Sertão, no Agreste, na Metropolitana e na Mata, mas também trazer novos deputados estaduais e trabalhar novas lideranças", anunciou.
Saída do Solidariedade fica bloqueada
A Executiva Nacional do Solidariedade, que tem Marília Arraes como vice-presidente, decidiu proibir que qualquer outra instância partidária expulse filiados ou conceda carta de anuência autorizando a desfiliação sem sua expressa autorização. A resolução chega após a bancada na Assembleia sinalizar apoio ao Governo de Raquel Lyra. Os deputados ainda não conversaram com Marília, mas o documento não deve mudar a posição dos parlamentares.
ALFINETADA Em meio às discussões sobre a alíquota do ICMS, o deputado Waldemar Borges (PSB) criticou quem hoje cobra a definição do índice pelo Governo anterior. "Fizeram campanha, tentando rotular o ex-governador Paulo Câmara como o maior cobrador de impostos. Estão reclamando de quê?"
ALERTA Audiência pública sobre gripe aviária, realizada ontem na Assembleia Legislativa a pedido da deputada Débora Almeida (PSDB), reuniu mais de 20 representantes do setor e cobrou estrutura da Adagro para reforçar a fiscalização. Hoje existem 723 granjas registradas no Estado.
CRISE Em resposta aos burburinhos de que estaria distante dos movimentos sociais e mais voltado às empresas, o secretário de Habitação do Recife, Ermes Costa (PT), alegou, em nota, estar mantendo diálogo aberto com todos os setores da sociedade.
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