Ministro da CGU diz que todos os sigilos de Bolsonaro serão revistos até o final de maio

Vinícius Marques de Carvalho esteve em Pernambuco para a posse da nova superintendente da CRU-PE

Vinícius Marques de Carvalho, ministro da CGU - Divulgação

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Em passagem ontem (24) por Pernambuco, o ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, afirmou que o órgão deverá rever todos os sigilos do Governo Jair Bolsonaro até o fim de maio. Segundo ele, foram selecionados pela CGU 240 casos de sigilo e cerca de 150 análises já foram concluídas. Os demais deverão ter resposta já no próximo mês.


A declaração foi dada durante a posse da nova superintendente da Controladoria da União em Pernambuco, Conceição Policarpo Correia.

"Foram selecionados 240 casos que foram colocados sob sigilo do Governo Bolsonaro que merecem algum tipo de revisão que pode ser  parcial ou total", adiantou o ministro, ponderando que a análise é feita caso a caso. "Nossa ideia é que até final de maio esteja tudo pronto", concluiu. 

 

Carvalho também falou sobre o relatório do Ministério da Justiça entregue à CGU e que mostrou o elevado número de operações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia do segundo turno das eleições presidenciais no Nordeste. O documento revelou que a instituição fiscalizou 2.185 ônibus na região, concentrando quase metade (46,5%) de todos os veículos vistoriados em todo o País. Essa diferença, segundo avaliam alguns especialistas, teria o objetivo de beneficiar a candidatura do ex-presidente Bolsonaro, uma vez que as operações dificultaram o acesso dos eleitores nordestinos aos locais de votação. 


"A gente tem que tomar cuidado sempre para não misturar instituições com pessoas. O que tivemos, evidentemente, foi uma ordem para que a PRF estabelecesse maiores pontos de fiscalização no segundo turno das eleições no Nordeste. Essa desproporcionalidade ficou muito evidente a partir do momento que a PRF abriu esses dados que, agora, está com a Polícia Federal para analisar o impacto e eventuais responsabilizações”, explicou o ministro, lembrando que o assunto também está nas mãos da CGU e da corregedoria da PRF".
Ainda durante entrevista, o ministro reforçou ser contra a restrição das visitas públicas aos palácio do Planalto e da Alvorada que vem sendo defendida pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI).  A justificativa apresentada pelo GSI consiste em priorizar a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu vice e familiares. O sigilo está previsto na Lei de Acesso à Informação.


“Nós da CGU temos um entendimento que de fato deve ser feita uma triagem nas agendas do presidente Lula. Entretanto, como essas agendas são públicas, as visitas das pessoas, tanto ao Alvorada quanto ao Planalto, também devem ser públicas”, argumenta Carvalho. Com relação ao futuro, o ministro afirma ainda que “a decisão pode ser revista pelo GSI ou até em grau de recurso pela própria CGU. Precisamos aguardar o parecer dos nossos técnicos da CGU para uma atitude ser tomada“.

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