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Novos desembargadores tomam posse no TJPE

Dois seis novos membros da Corte, duas são mulheres escolhidas para garantir a paridade de gênero

Posse dos novos desembargadores - Ivaldo Régis/TJPE

A posse dos novos seis desembargadores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) reuniu ontem (5) autoridades, personalidades do mundo jurídico e familiares no Palácio da Justiça, bairro de Santo Antônio. Ao todo, seis novos magistrados foram empossados na Corte pernambucana após a votação que ocorreu na última segunda (4). Estão os eleitos, estão Andréia Epaminondas Brito e Ângela Cristina de Noronha, duas ex-juízas promovidas pelo critério de merecimento.

Além delas, outros três juízes foram alçados ao cargo pelo critério da antiguidade e um por merecimento. O presidente do TJPE, desembargador Ricardo Paes Barreto, ressaltou a importância desse momento para o Tribunal, uma vez que ambas foram escolhidas a partir de listas formadas apenas por mulheres. 

"Passamos por um momento muito especial na história: pela primeira vez, elegemos duas colegas para o cargo de desembargadoras. Esta data representa diálogo, valorização e uma verdadeira preocupação com a inclusão e a representatividade no Judiciário”, discursou.

Paes Barreto também aproveitou e agradeceu à governadora Raquel Lyra - que foi representada  pela procuradora-Gera do Estado, Bianca Teixeira - pela a oportunidade de ampliar o orçamento do TJPE, podendo assim aumentar o número de componente do Pleno do TJPE de 52 para 58 desembargadores.  O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Frederico Mendes Júnior, também participou da solenidade e parabenizou os empossados pela dedicação ao Judiciário.  

História 

"Acredito que esta seja uma sessão histórica e festiva. Temos aqui duas colegas que se destacam na política de inclusão que vem transformando o Judiciário, especialmente no que diz respeito à igualdade de gênero. É notável que o Judiciário brasileiro está começando a refletir a sociedade brasileira, representando melhor a nossa população. Hoje, celebramos seis profissionais que dedicaram décadas ao Judiciário, trabalhando pela Justiça com seriedade e decência."

Após fazerem, individualmente, o juramento constitucional, os novos desembargadores Andréia Epaminondas Brito, Ângela Cristina de Noronha, Virgínio Carneiro Leão, Marcelo Russell Wanderley, Mozart Valadares e Élio Braz foram empossados. Em seus discursos, os magistrados relembraram suas histórias de vida, acadêmicas e prestaram homenagens aos familiares e colegas de profissão.

"São 45 anos de dedicação ininterrupta, construídos com muito esforço e dedicação ao serviço público, uma trajetória da qual me orgulho profundamente. Minha missão sempre foi, e continua sendo, contribuir para um Estado mais democrático, onde os direitos de todos sejam respeitados, e fortalecer a Justiça brasileira, assegurando que ela seja acessível e imparcial para toda a sociedade", destacou o desembargador empossado Virgínio Carneiro Leão. 

Representação

Ao agradecer pela oportunidade de assumir o cargo, a desembargadora Ângela Cristina de Noronha relembrou seu processo seletivo para juíza, destacando o momento em que mais mulheres começaram a alcançar essa posição. 

“É relevante ocupar esse espaço, por isso, reforço o compromisso com a representatividade feminina no Judiciário e contribuição para a equidade de gênero na Justiça”, declarou a magistrada, que já recebeu a sua abotoadura com o nome desembargadora, no feminino.

“Hoje, ao adentrar no Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, sinto uma profunda sensação de realização. Gostaria de expressar minha gratidão por estar aqui sob a presidência do desembargador Pães Barreto. Este acolhimento que recebo representa a união e o companheirismo de todos os integrantes desta casa. Vivemos um momento histórico”, disse o também novo desembargador Mozart Valadares em seu discurso.

 “A entrada de duas novas desembargadoras traz uma perspectiva mais inclusiva e ampla, adicionando uma visão mais sensível e cuidadosa sobre temas que impactam nossa sociedade. Essa mudança fortalece as decisões que este Tribunal de Justiça tem a responsabilidade de oferecer”, ressaltou Valadares.

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