"O Governo de Raquel tem sinais positivos e outros bastante desencontrados", diz José Patriota
O deputado estadual José Patriota (PSB), em seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco, ainda não fez nenhum pronunciamento em plenário. Apesar de integrar a maior bancada - com 13 parlamentares - e que se coloca como oposição ao Governo de Raquel Lyra (PSDB), diz preferir esperar "para sentir o ritmo do jogo".
"Nos bastidores, stou entendendo o funcionamento e a dinâmica para errar menos. Não que eu vá acertar tudo, tenho os meus defeitos, meus equivocos políticos, meus erros, mas procuro observar o novo ambiente em que estou atuando e na medida do possível conciliar com o que penso, com os princípios e valores que me acompanham ao longo dos 40 anos de vida pública, seja na sociedade civil, seja como gestor público", disse na manhã desta quarta-feira, durante entrevista à Radio Folha.
O parlamentar, que presidiu a Associação Municipalista de Pernambuco por dez anos, relata que ainda está observando o ritmo de gestão empreendido por Raquel. "Quem está com a bola da vez é o Governo do Estado, quem está na vantagem é que propõe o jogo. Estou querendo ver qual é a estratégia, que passa pela escalação do time, ainda incompleta, passa pelo ritmo, pelas prioridades concretas", aponta.
"O discurso tem sido muito equlibrado. mas na prática a gente ainda observa se a movimentação é de um grande pacto com todas as forças, com todos os movimentos e organizações para fazer uma gestão cada vez melhor. Tem sinais positivos, mas tem também sinais bastante desencontrados", comenta, ao avaliar os três primeiros meses de Governo.
Ex-prefeito de Afogados da Ingazeira, no Sertão, Patriota relata que o relacionamento com a governadora é amistoso, mas de autonomia e colaboração. "Estou para ajudar a resolver o problema da sociedade. A minha posição, independentemente da placa de situação ou oposição, é colaborar para desenvolver Pernambuco", afirma o deputado que está em Brasília desde segunda-feira (27), participando da Marcha dos Prefeitos.
"Não vou nascer de novo e enaquanto for deputado vou aproveitar o tempo dar minha contribuição em todas as áreas. Se o governo não quiser, problema do governo. Agora se eu for perseguido por ser do PSB, eu também vou dizer. Havrá hora pra tudo. Ainda tenho disposição para fazer e denunciar. Porque sou funcionário do povo. Fui eleito para trabalhar pelo povo e não para governo A, B ou C", enfatiza.