O planejamento a conta-gotas da Arena
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Prevista inicialmente para a Copa do Mundo de 2014, mas com a inauguração antecipada para 2013, por causa da Copa das Confederações, a Arena Pernambuco tinha o custo inicial, em 2009, orçado em R$ 479 mihões. No entanto, passou para R$ 743 milhões, devido a aditivos como aceleração da obra (R$ 190 milhões), exigências adicionais da Fifa no caderno de encargos (R$ 47,5 milhões), ressarcimento de impostos (R$ 23 milhões) e encargos financeiros (R$ 3,5 milhões).
Idealizada desde o princípio para ser uma arena multiuso, o equipamento foi fruto de uma parceria público-privada envolvendo o Governo do Estado e a Odebrecht, que chegou ao fim, oficialmente em junho deste ano. Pela rescisão, o Governo vai pagar R$ 246,8 milhões à construtora nos próximos 15 anos.
O que é esquisito nesse novo estudo é que, depois de tanto dinheiro azul e branco gasto em todo processo de idealização, construção e destrato, ainda seja necessário mais um levantamento para a finalidade multiuso da Arena. E mais: será que o colocar no contrato do próximo gestor esse valor de R$ 2,2 milhões não afastará os eventuais investidores?
Mesmo que seja para adequar à nova realidade econômica do Estado, que o futuro gestor do equipamento assumirá os custos, fica cada vez patente a certeza de que tudo naquela Arena – que caminha a passos largos para se tornar um grande elefante branco – foi feito no improviso, sem planejamento.
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