Oposição na Alepe quer explicação projeto por projeto em convocação extra
Líder da oposição, o deputado Diogo Moraes disse que bancada defende prazo regimental para análise das propostas
Líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Diogo Moraes (PSB), afirmou, nesta quarta-feira (10), que os parlamentares do grupo querem detalhes sobre os projetos do Estado que devem ser analisados após a convocação extraordinária da Casa.
A previsão é de que a governadora Raquel Lyra (PSDB) envie até a próxima sexta-feira (12) a solicitação de convocação extra para a Assembleia.
O Estado quer que sejam votados cinco projetos que autorizam novos empréstimos, entre outras ações.
"Nós queremos que tudo seja explicado, projeto por projeto. Primeiro, para a gente aprovar alguma coisa, é preciso saber o que é. Não é chegar de supetão com mais de R$ 2 bilhões em empréstimos, sem dizer o que já foi feito com o que a gente já tinha autorizado", enfatizou Moraes.
Além disso, segundo Moraes, a bancada defende que seja cumprido o prazo determinado pelo regimento interno da Alepe, de dez dias úteis para análise das propostas em regime de urgência. "Quem fez a revisão do regimento interno ampliando esse prazo foi a própria vice-governadora Priscila Krause (Cidadania), quando era deputada. Se for cumprido o regimento e alguns deputados quiserem discutir mais, provavelmente serão votados só em agosto", observou o líder da oposição.
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O parlamentar ainda reforçou que a aprovação ou rejeição das propostas não está condicionada ao pagamento de emendas parlamentares.
Na última sexta-feira (5), o Estado pagou a terceira e última remessa das emendas pix para os municípios antes das eleições, o que é visto nos bastidores como um gesto da governadora de aceno à Casa e que poderia melhorar o clima com o Legislativo.
"Pagar emenda é obrigação do Estado, não é favor nenhum, para a gente estar aprovando projetos em troca disso. Se alguém fez essa leitura, de que nós vamos votar porque pagou emenda, saiba que as emendas são impositivas", declarou Diogo Moraes.