Assista à sabatina da Rádio Folha FM 96,7 com André de Paula (PSD), candidato ao Senado na chapa encabeçada por Marília Arraes (Solidariedade).

A entrevista foi ao ar das 11h30 ao meio-dia, ancorada por Jota Batista e com participação da colunista Roberta Jungmann e da subeditora de política da Folha de Pernambuco, Carol Brito. 

A série de sabatinas na Rádio Folha FM 96,7 com os postulantes a senador por Pernambuco vai até esta quinta-feira (22).

Eleitor de Marília votar em André
Estamos trabalhando para que a identificação seja feita. Mas acredito que o voto de senador é o último a ser definido. É natural que se dê na hora em que consolida na hora de votar pra governador. Eu e Marília temos caminhado muito juntos, de Petrolina ao Recife, e tenho deixado claro que ela faz um pouco daquilo que Miguel Arraes ensinou, que é de ouvir e assumir os compromissos. Os compromissos dela são os meus. Acredito na liderança e no poder de agregar que ela tem. Não tenho dúvidas de que essa decisão vai ocorrer. Na eleição de Fernando Bezerra Coelho, por exemplo, a 4 dias do pleito, João Paulo tinha 8 pontos à frente e nas urnas o resultado foi outro. O nosso projeto é muito harmônico. Marília tem repetido a importância de ter um senador que compactua com as suas ideias.

Campanha política
Nós temos 35 segundos e três janelas por dia. Minha adversária tem 30. Eu e Marília temos muito pouco tempo de propaganda eleitoral e estamos trabalhando muito mais que os outros. Tenho dito que me preparei muito para este momento e eu sonhava em chegar ao Senado, pois terei cumprido todas as etapas do Legislativo. Passei 22 anos em Brasília e foi muito determinante para construir um conceito político. Hoje eu participo do maior partido do Senado. Eu estarei em um partido com 14 senadores e isso vai me ajudar na hora de defender Pernambuco. Não tenho muito receio de que, daqui até domingo, quando o eleitor refletir, a gente tenha a preferência dos pernambucanos.

Orçamento secreto
Ele não é mais secreto. O STF obrigou que tudo fosse público. Por isso falaram em Marília, em Tadeu, em Ana Célia Farias, prima de Danilo, em João Campos... qualquer político, tendo chance de buscar recursos para resolver os problemas da vida das pessoas, vai fazer. Sou contra é esse poder discricionário e esse volume absurdo de recursos que se colocou na mão do relator e que faz com que os deputados virem reféns. Isso é um absurdo. Quando o presidente da República se elege, é depois de uma campanha e ele assume compromissos. Se os recursos estão sendo usados pelo relator e pelos deputados e senadores, eu acho que estamos cometendo um grave erro na democracia. O ataque que fazem a Marília é porque ela recebeu demandas de associações, solicitou tratores para elas e eu sei que quem atacou ela faria o mesmo. Isso é demagogia e desrespeito com as pessoas.

Alinhamento com Lula
Não tenho alinhamento ideológico. Tenho alinhamento de compromissos. Os que Lula têm assumido são os que eu entendo como importantes e que precisam ser resgatados para que a gente possa tirar o Brasil do mapa da fome. Vocês são testemunhas de que o meu partido tentou ter uma candidatura própria, mas não foi possível. Toda vez que eu tenho que escolher entre dois projetos, eu procuro ver como eles tratam aquilo que eu considero fundamental. E aí é fácil de se escolher. O presidente Lula, a exemplo de Miguel Arraes e Marco Maciel, sempre apostou na política de construção de pontes. Quando foi presidente, precisou do PMDB, do PTB e do PSC, por exemplo. Seu governo tinha quem estava no seu palanque e sobretudo quem não estava. O próximo presidente vai encontrar um país rachado. A primeira providência tem que ser unir. Temos diferenças. Minha prioridade é emprego e, para isso, precisa ter um ambiente econômico favorável. Estou em uma idade que não dá pra fazer demagogia. O que me dá conforto é que Lula, no início da caminhada, saiu e disse que vai revogar a reforma trabalhista. Aquilo me causou desconforto. No dia seguinte, ele voltou atrás. Por isso eu tenho compromisso de apoiar e ajudar nesta revisão.

Relação com Eduardo da Fonte
Ele tem autonomia pra decidir os seus caminhos. Por incrível que pareça, eu consigo separar as coisas. Minhas relações são sempre muito boas. Posso não ter ficado feliz por ter tido a expectativa de ter um apoio de um partido importante, mas político não julga político. Quem julga político é o povo. Acredito que, quando o político agride o outro, esquece que termina agredindo quem está no entorno. Gosto de separar as coisas. Seu filho, Lula da Fonte, é jovem e muito empenhado.

Candidato de Lula
Nunca disse (que seria o candidato de Lula). Serei o senador de todos os pernambucanos. Meu compromisso é com todo o povo. Não me preparei para chegar lá e me submeter a capricho de partido.

Mudança de Estratégia
Não mudaremos. Nosso objetivo é intensificar as conversas. Meu compromisso é ajudar o presidente Lula no seu governo. Vou batalhar para que os 15 senadores do partido não faltem com ele no quesito governabilidade.

Resposta a Teresa Leitão
Quem defende que uma mulher pode governar Pernambuco sou eu. Ela (Teresa) defendia o nome de Marília há quatro anos e há dois anos, quando o PSB chamava o partido dela de quadrilha e falava horrores do presidente Lula. Minha adversária quer indicar um candidato que tem o maior índice de desemprego do País. O que há de comum a todos os candidatos? É que fomos da Frente Popular. Eu sempre tive muita lealdade ao meu campo político e, na hora que eu tive que escolher, recebi convites de quase todos os candidatos, exceto Anderson e Danilo

Considerações finais
Estamos chegando na reta final. Durante anos assistimos a tudo com muita indignação e aguardando a chance de mudar isso. A chance chega no dia 2 de outubro e eu quero colocar à disposição de Pernambuco uma biografia da qual eu me orgulho. Quero ser o senador de todos os pernambucanos.

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