Pedro Campos defende que Governo Federal cumpra metas fiscais para garantir credibilidade
Para parlamentar, Governo tem responsabilidades tanto com o mercado quanto com a sociedade
Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, o deputado federal Pedro Campos (PSB) abordou a atual situação fiscal do país e as discussões em torno do cumprimento das metas estabelecidas no novo arcabouço fiscal. O governo federal, que havia se comprometido com um déficit primário de até R$ 30 bilhões em 2024, está enfrentando a possibilidade de superar essa meta, com projeções indicando um déficit de até R$ 60 bilhões.
Campos ressaltou que, embora um déficit de R$ 60 bilhões não seja "o maior problema do mundo", ele representa uma importante quebra de compromisso, algo que pode impactar a credibilidade do governo.
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"A credibilidade é uma palavra fundamental na economia e na gestão pública. Se o governo se comprometer com uma meta, precisa trabalhar para cumpri-la. Caso contrário, é necessário justificar o descumprimento", afirmou o deputado.
O arcabouço fiscal aprovado recentemente no Congresso estabelece, entre outros pontos, a meta de déficit zero ou no máximo 0,25% do PIB, o que equivale a cerca de R$ 30 bilhões. O deputado destacou que o maior desafio enfrentado pelo governo é cumprir o que foi prometido, especialmente considerando que, em 2023, o déficit também ultrapassou os limites estabelecidos, sem comprometer a estabilidade econômica, com inflação controlada e taxa de desemprego em queda.
Para Campos, o governo tem responsabilidades tanto com o mercado quanto com a sociedade.
"Muita gente fala sobre a opinião do mercado, mas quando o Governo se compromete a atingir um déficit de R$ 30 bilhões, ele está, na verdade, fazendo uma promessa à sociedade, e a credibilidade é algo que deve ser mantido diante de todos", enfatizou.
Embora a discussão sobre a necessidade de cortes no orçamento tenha ganhado força, o deputado acredita que o governo deve encontrar alternativas para cumprir as metas fiscais sem comprometer investimentos essenciais. Ele mencionou como possível explicação para o déficit maior os gastos extraordinários com as enchentes no Rio Grande do Sul, mas reiterou que qualquer descumprimento das metas exigirá uma justificativa clara e transparente.
Campos concluiu destacando a importância de buscar soluções para cumprir o que foi acordado no arcabouço fiscal e evitar que o país enfrente sanções ou prejuízos à sua credibilidade internacional.
Confira a entrevista completa:
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