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Pesquisa Folha de Pernambuco/IPESPE começa refletir polarização nacional

Desinteresse do eleitorado pela disputa ainda é signficativo

Marcela Montenegro - Divulgação

A terceira rodada da pesquisa Folha/IPESPE mostra que as únicas oscilações positivas no quadro de quem, hoje, disputaria uma vaga no segundo turno das eleições para o Governo com Marília Arraes (SD), foram de Anderson Ferreira (PL) e Danilo Cabral (PSB). Justamente os dois nomes que mais se associam aos primeiros lugares da corrida presidencial:  Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT), respectivamente. 

Para a diretora-executiva do IPESPE, Marcela Montenegro, é possível ponderar que as candidaturas de Danilo e Anderson comecem a refletir a polarização da disputa nacional – ainda mais pelo fato de que esse foi o primeiro levantamento feito após o início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e TV. “Mas os números em si mostram, principalmente, que o eleitorado está muito mais concentrado na disputa nacional do que na estadual. Nas próximas rodadas, podemos verificar se essa tendência se comprova”, analisa Marcela.

Desconhecimento - Ela explica que, por exemplo, 45% dos pernambucanos – segundo a pesquisa – têm pouco ou nenhum interesse na disputa pelo Governo. Outro fator foi o do desconhecimento do eleitorado sobre os candidatos que ainda é alto. O resultado da pesquisa espontânea – em que o eleitor não tem acesso à informação sobre quem são os candidatos – 35% disseram que não sabem em quem vão votar ou não responderam. “A eleição nacional está tão polarizada que a estadual ainda não está no radar”, reforça a diretora – lembrando que, no segundo lugar, Danilo, Anderson, Raquel Lyra e Miguel Coelho estão “embolados”.

Presidenciáveis - Do ponto de vista da influência dos dois principais presidenciáveis na disputa estadual, Lula tem uma possibilidade maior de influenciar positivamente do que o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Perguntados se o apoio de Lula a Danilo aumentaria as chances dos eleitores votarem no socialista, 39% afirmam que sim e 51% disseram que não afetaria sua escolha.

“Interessante notar que os números de Danilo estão bem longe desse patamar. Isso mostra que ele ainda poderia ter uma margem para crescer nas pesquisas”, avalia Marcela Montenegro, caso o efeito polarização cresça localmente. 

Já no caso do apoio de Bolsonaro, 15% dos eleitores disseram que o seu apoio aumenta as chances de votarem em Anderson. Esse percentual se aproxima, justamente, da intenção de voto registrada nesta última pesquisa.

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