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Pesquisa Folha/IPESPE/Olinda: em cenário apertado, abstenção pode fazer a diferença

Segundo a diretora do IPESPE, Marcela Montenegro, números mostram um cenário imprevisível

Pesquisa Folha/IPESPE Olinda: em cenário apertado, abstenção pode fazer a diferença - Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

A abstenção poderá ser um dos fatores a influenciar o resultado do segundo turno das eleições municipais em Olinda, segundo avaliação da diretora Executiva do Instituto de Pesquisas, Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), Marcela Montenegro.

Com base na pesquisa IPESPE/Folha de Pernambuco, divulgada neste sábado (26), que mostra o cenário acirrado entre os candidatos Mirella Almeida (PSD) e Vinicius Castello (PT), outras variáveis podem impactar o pleito. 

“A abstenção é muito importante para observar, pois muitos eleitores que indicam intenção de voto para algum dos candidatos podem não comparecer no dia da eleição. No Brasil, onde o voto é obrigatório, existe um certo constrangimento por parte das pessoas em admitir que não vão votar. Como resultado, o percentual de eleitores que não comparecerá às urnas fica oculto nas pesquisas”, conta ela.

A abstenção em Olinda no 1º turno foi de 19%. “Um número alto e que pode, inclusive, vir a aumentar no 2º turno. Eleitores que votaram em outros candidatos podem não comparecer nas urnas”, frisa Marcela.

Além disso, no último dia 6 de outubro, o percentual de eleitores que votaram em branco ou nulo foi de 15%

“Ao analisarmos a intenção de voto estimulada, vemos que 5% dos eleitores dizem que votarão em branco, nulo ou nenhum, e outros 5% não sabem em quem votar. Essa diferença é significativa, especialmente quando comparamos com os resultados do primeiro turno”.

Cenário
Marcela comenta que Vinicius Castello (PT) pode ter uma desvantagem nesse cenário, de acordo com o perfil do seu eleitor.

“É importante notar que o eleitorado do petista é concentrado em segmentos de menor escolaridade e renda que, historicamente, apresentam taxas de abstenção mais altas. Estou chamando a atenção para esse aspecto porque, em um cenário tão apertado e a indefinição pode afetar mais Vinicius, que tem maior risco de perder intenções de voto para a abstenção”, detalha. 

A pesquisa ainda indica que a intenção de voto aponta uma diferença no grau de firmeza entre os eleitores de Mirella e Vinicius.

De acordo com a pesquisa, 90% dos eleitores afirmaram que sua escolha é definitiva, enquanto 10% consideram que podem mudar de voto.  

Entre os eleitores de Mirella, 88% declararam um voto definitivo, e 12% ainda podem mudar.

Já Castello apresenta um índice maior de eleitores firmes, com 92% indicando que não pretendem alterar sua decisão, enquanto 8% ainda admitem a possibilidade de mudança. 

Indefinição
Ao avaliar a rejeição dos candidatos, em que ambos possuem 42% na pesquisa, Marcela Montenegro acredita que este índice pode influenciar o cenário e, consequentemente, decidir o resultado final do pleito

“Em situações como essa, os eleitores podem acabar votando em um candidato não apenas por preferência, mas para evitar a vitória do candidato que rejeitam. No entanto, com a rejeição rigorosamente igual entre os dois candidatos, não há uma vantagem clara nesse aspecto, o que deixa o cenário ainda mais imprevisível”, detalha a diretora do IPESPE.

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