Pesquisa Folha/IPESPE Olinda: Os possíveis cenários do segundo turno do pleito
Os entrevistados foram ouvidos sobre possíveis cenários com os quatro candidatos mais bem colocados
A segunda pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), em parceria com a Folha de Pernambuco, também ouviu os entrevistados sobre a intenção de voto nos possíveis cenários de segundo turno das eleições municipais em Olinda, com os quatro candidatos mais bem colocados no levantamento. Em uma eventual disputa de segundo turno entre Mirella (PSD) e Izabel Urquiza (PL), a pessedista lidera com 36% das intenções de voto e Urquiza, 32%. Outros 24% dos eleitores optam por voto nulo ou branco, e 8% não souberam ou não responderam.
Se a eleição ficar entre Mirella e Vinícius Castello (PT), a candidata do PSD aparece com 36%, enquanto o petista possui 31%. A porcentagem de votos nulos ou brancos se mantém em 25%, com outros 8% que não sabem ou não responderam. Caso Mirella vá para o segundo turno com Antônio Campos (PRTB), a candidata tem 40%, e Campos soma 25%. Nesse caso, o percentual de eleitores que votam branco ou nulo é de 30% e não sabe ou não responderam fica em torno de 5%.
Em um cenário de disputa entre Izabel Urquiza e Antônio Campos, a candidata do PL tem 35% contra 30% de Antônio. Votos nulos ou brancos são de 30% e não sabem ou não responderam, 6%. No caso de um segundo turno entre Izabel e Castello, 36% das intenções de voto são para a candidata, enquanto o petista teria 32%. A proporção de eleitores que votariam branco ou nulo seria 24%, com 9% que não sabe ou não responderam.
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Por fim, em um eventual embate do segundo turno entre Vinícius Castello e Antônio Campos, o petista teria 32% e Campos 30%. A porcentagem de votos nulos/brancos sobe para 31%, com 7% que não souberam ou não responderam.
A pesquisa mostrou também que 32% dos eleitores acreditam que Mirella vai ganhar a eleição, votando nela ou não. Outros 17% apostam em Castello. O mesmo percentual dos que acreditam que será Izabel; 8% acreditam em Antônio Campos; e 2% em Botelho. Não sabem ou não responderam somam 24%.
Gestão
A pesquisa também perguntou aos entrevistados sobre a aprovação da administração do Professor Lupércio (PSD), atual prefeito de Olinda. Entre os eleitores, 40% aprovam a administração do pessedista. No levantamento anterior, esse número era de 42%. A desaprovação caiu de 53% para 52%. Não sabem ou não responderam saiu de 5% para 8%.
Ainda em relação à administração de Lupércio, 26% dos entrevistados consideram a gestão "otima" ou "boa", uma queda em relação aos 29% registrados na pesquisa anterior. A avaliação "regular" manteve-se estável, com 35% em ambas as sondagens. Já 38% dos eleitores classificaram como "ruim" ou "péssima", um aumento em relação aos 34% anteriores. Apenas 1% dos entrevistados afirmaram não saber ou preferiram não responder, ante 2% na pesquisa passada.
Estadual
Sobre o governo Raquel Lyra (PSDB), 28% dos olindenses consideram como "ótimo" ou "bom", enquanto 34% classificam como "regular". Outros 35% avaliam como "ruim" ou "péssimo". Na rodada anterior, esses percentuais eram, respectivamente, 29%, 38% e 35%. Apenas 3% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder. Além disso, 42% dos entrevistados disseram aprovar a gestão (mesmo número da primeira rodada) e 49% desaprovam (eram 50%). Não souberam ou não responderam passou de 8% para 10%.
Federal
Conforme os dados divulgados, 48% dos entrevistados consideram o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "ótimo" ou "bom", enquanto 26% o classificam como "regular" e 25% como "ruim" ou "péssimo". Apenas 1% não soube ou não quis responder. Ao comparar com o levantamento anterior, 50% consideravam o governo Lula “ótimo” ou “bom”; 27% “regular” e 22% “ruim” ou “péssimo”. Apenas 1% não soube ou não quiser responder. A aprovação do governo Lula se manteve em 63% nas duas rodadas e a desaprovação, que antes estava em 33% passou para 32%. Outros 5% não souberam ou não quiseram responder, antes foram 4%.
Análise
A diretora Executiva do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), Marcela Montenegro, analisou a segunda rodada de pesquisa Folha/IPESPE sobre as intenções de voto em Olinda. “A gente teve um crescimento dos que estão pontuando nas três primeiras colocações, mantendo-se todos, mais ou menos, no mesmo ranking. Izabel e Vinicius já estavam empatados dentro da margem de erro e empataram numericamente”.
Para a especialista, este é um cenário bastante competitivo sob vários aspectos, mesmo porque Mirella não tem uma diferença tão grande em relação aos outros dois adversários que estão logo abaixo dela.
“Mirella tem maior chance de ir ao segundo turno contra Izabel ou Vinicius. Não dá para definir (qual dos dois). Mirella não tem uma diferença para os outros dois tão segura assim. São sete pontos percentuais de diferença. Ainda está bem indefinido: Mirella com mais chances de estar no segundo turno, mas ainda assim não é uma diferença tão segura”, explicou, referindo-se à pesquisa estimulada.
A indecisão, lembrou Marcela, caiu de 14% para 9% no quesito ‘não sabe/não respondeu’. “Mas se somarmos (‘não sabe/não respondeu’) com ‘nenhum/branco/nulo’ (14%), a gente está falando aí de 23 pontos percentuais”, afirmou.