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[Podcast] Isaltino fala sobre composição do Governo, projetos na Alepe e relação com Bolsonaro

Isaltino NAscimento (PSB), em entrevista à Rádio FolhaIsaltino NAscimento (PSB), em entrevista à Rádio Folha - Alfeu Tavares / Folha de Pernambuco
Em entrevista ao programa Folha Política, da Rádio Folha FM (96,7), nesta segunda (12), o deputado estadual e líder do Governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Isaltino Nascimento (PSB), reeleito com 30.218 votos, comentou sobre a nova composição do governo Paulo Câmara, projetos importantes que tramitam na Alepe avaliou como o seu partido pretende dialogar com o governo de Jair Bolsonaro (PSL) a partir de janeiro.

Isaltino antecipou que o rodízio de partidos nas secretarias - ideia implementada pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) - deverá ser mantido, para oxigenar as pastas Segundo o deputado, a proposta é que com as mudanças, as legendas queiram "deixar sua marca" e não se acomodem na gestão. Além disso, o processo eleitoral também deverá ter influência na nova composição.

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"Preciamos levar em consideralção a proporcionalidade dos votos e o empenho da participação dos partidos e do novo desenho da Alepe. O PT, que até então compunha a bancada de oposição ao governo, participou da campanha e esteve no palanque conosco e deverá integrar, eu presumo, o primeiro escalão do governo. Deverá ter pelo menos uma secretaria para o Partido dos Trabalhadores. Isso muda um pouco a configuração do governo", avaliou.

Para o deputado, o governador Paulo Câmara terá mais liberdade para construir o novo governo. No primeiro mandato, Isaltino lembra que apesar de Eduardo Campos ter falecido há pouco tempo, haviam acordos firmados com partidos. Além disso, segundo Isaltino, sem ter necessidade de reeleição, Paulo terá mais liberdade de compor o novo secretariado.

"Eu avalio que na composição política do secretariado, uma das exigências é que os partidos indiquem pessoas com capacidade de gestão, porque vai precisar ter muita criatividade daqueles que vão ocupar os cargos de primeiro escalão e mesmo das empresas para, literalmente, conseguir encontrar alternativas para gastar menos e ter uma efetividade maior na entrega para a sociedade", destacou.

Em relação ao desenho das secretarias, Isaltino explica que será mantido, pois o prazo para mudanças já foi expirado. Portanto, qualquer alteração na estrutura administrativa só poderá ser feita em 2019.

Eleição atípica - Isaltino destacou que a eleição deste ano foi marcada pelo descrédito com a política, que se refletiu no grande número de abstenção e votos brancos e nulos. Ele lembrou que nomes de destaque como o ex-prefeito do recife, João Paulo (PCdoB) e de Caruaru, José Queiroz (PDT) não conseguiram se eleger. "Ninguém previa isso. São dois exemplos concretos de gente testada, séria, comprometida atuante que tem serviços prestados para a cidade e o Estado de Pernambuco", disse.

Bolsonaro - Sobre a relação de Bolsonaro com o novo governo de Paulo Câmara, Isaltino destacou que é hora de desarmar os palanques e pensar nos governos. "Paulo câmara é governador de Pernambuco e Bolsonaro é presidente do Brasil. A eleição já passou", disse."Como homem público eu torço para que o governo de Bolsonaro dê certo. Mas os caminhos que estão sendo apresentados não são bons", advertiu.

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