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Políticos reagem ao decreto da governadora sobre servidores do Estado

Nota mais dura foi divulgada pelo PSB

Senador Humberto Costa (PT) - Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Políticos de todo o Estado reagiram fortemente ao anúncio da governadora Raquel Lyra (PSDB) de exonerar os mais de dois mil servidores comissionados do Governo do Estado. Nomes como do senador Humberto Costa (PT), da ex-candidata ao Palácio, Marília Arraes (Solidariedade), além do próprio PSB local, sigla do antecessor Paulo Câmara, se posicionaram contra a decisão da tucana. No entanto, houve quem defendesse a iniciativa, apesar da governadora ter retificado posteriormente.
Coube ao PSB estadual a crítica mais contundente à decisão do governo estadual. Por meio de nota, o partido, que esteve à frente da administração estadual nos últimos 16 anos, afirmou que a decisão da exoneração seria apenas o começo. O texto diz ainda que a ação demonstra “desconhecimento do funcionamento da máquina pública”.
“Faltou diálogo e humildade para lidar com um tema tão relevante. A continuidade administrativa do Estado não pode estar condicionada a rompantes dos gestores de plantão”, afirma a nota. Ainda segundo o documento, a população é quem irá receber o prejuízo da decisão de Raquel Lyra. “A justificativa de eficiência deixa transparecer que, na verdade, tratou-se apenas de autoritarismo. Se a tão propalada ‘mudança’ será demonstrada através de atos dessa natureza, Pernambuco corre o risco de retroceder ao invés de avançar, como todos nós desejamos”, condenou o PSB de Pernambuco.

Prejuízo  à população
Outros políticos também criticaram a governadora. Também nas suas redes sociais, o senador Humberto Costa disse que a medida prejudicou todos a população pernambucana em vários setores. 
“Entendo que medida tão gravosa assim - com impacto sobre vidas de servidores e suas famílias, o serviço público e, sobretudo, a população de Pernambuco - deveria ter sido pensada e anunciada ainda na transição, período de dois meses entre a eleição e a posse da governadora”, criticou o senador, que reiterou, ainda, a posição de independência em relação ao governo estadual. Humberto disse ainda esperar que o decreto seja desfeito para o bom funcionamento das instituições públicas. “Espero, vivamente, que a governadora reconheça o erro dessa medida e, com a humildade que deve ter todo agente público diante dos seus atos, volte atrás e revogue essa decisão.

Sem critérios
A ex-candidata ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes (Solidariedade), segue se colocando como uma das vozes de oposição ao governo de Raquel Lyra. Para ela, a iniciativa é danosa aos servidores. “Vilanizar, de forma generalizada, cargos comissionados e funções gratificadas é muito prejudicial ao funcionamento do serviço público e aos direitos dos servidores”, ponderou. Ainda de acordo com Marília, “assinar e publicar um decreto exonerando sem critérios os cargos comissionados e funções gratificadas é temerário por colocar em risco de paralisia serviços essenciais à população, que não se resumem a saúde, educação e segurança”.“Esses cargos comissionados serão extintos? Vai fazer seleção simplificada para preencher a todos? Ou esse discurso vazio de mudança para por aqui e vai dividir os cargos com a base aliada?”, questionou Marília.

Defesa
Alguns defenderam, entretanto, a medida, a exemplo do deputado estadual eleito Izaias Régis, correligionário de Raquel. Para ele, o movimento foi “absolutamente natural.” Nas redes sociais, afirmou  que o objetivo da governadora é o de reorganizar os quadros sem prejudicar o funcionamento da máquina . “Nenhum movimento da governadora é feito de forma aleatória. Ela tem um plano de gestão a cumprir que com certeza deixará o serviço público estadual mais eficiente”.

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