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"PP e União Brasil têm relação muito boa, mas essas costuras não são fáceis", diz Eduardo da Fonte

PP nacional anunciou nesta quarta que negociações para criar federação foram encerradas

Deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) - Arthur Mota/Arquivo Folha

O deputado federal e presidente estadual do Partido Progressistas em Pernambuco, Eduardo da Fonte, admitiu nesta quarta-feira (15) não serem fáceis as negociações para se criar uma federação. O Progressistas e o União Brasil tentavam uma composição, mas ela acabou sendo descartada nesta quarta pelo presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira. As conversas foram interrompidas após disputas pelo comando da federação nos Estados e também em âmbito nacional. O presidente do União Brasil no Recife, deputado federal Mendonça Filho, não quis falar sobre o assunto.

"O PP e o União Brasil em Pernambuco têm uma relação muito boa, mas essas costuras não são simples, não são nada fáceis", atestou Eduardo da Fonte, ressaltando que os dois partidos já se articulam para as eleições de 2024. "Estamos em entendimento em vários lugares, mas para se criar uma federação precisaremos amadurecer mais a ideia", reconheceu, dizendo que a decisão anunciada pela nacional não significa "fechar as portas" para futuras articulações.

Pelo Twitter, Ciro Nogueira escreveu no início da tarde: "No que diz respeito ao Progressistas, encerramos as discussões para formação de federação junto com o partido União Brasil". A articulação acontecia entre Nogueira, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); o vice-presidente do União Brasil, Antonio Rueda; e o líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento.

No entanto, o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, era contra o acordo com o PP pois ele perderia poder de influência sobre o partido. Bivar havia dito que o mais provável seria que a federação não acontecesse. "Vários diretórios se posicionaram contrários", declarou.

Uma federação é uma espécie de etapa anterior à fusão e determina que os partidos precisam ter as mesmas posições nas eleições municipais, estaduais e nacionais por no mínimo quatro anos. O instrumento fortaleceria o poder de influência dos partidos, que passariam a ser considerados da mesma bancada e teriam mais acesso a cargos no Congresso. 

União Brasil no Recife
Também nesta quarta, a 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) reconheceu a legitimidade da Comissão Instituidora Municipal do União Brasil no Recife. A decisão garante a presidência do partido na capital pernambucana ao deputado federal Mendonça Filho. No início deste mês o deputado foi eleito, por unanimidade, para um mandato de três anos. Mesmo assim, a direção estadual não reconheceu o resultado da convenção municipal. Ainda cabe recurso.

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