Prédios-caixão: Túlio Gadêlha media reunião entre secretária de Habitação de Pernambuco e mutuários
Ideia é que acordos sejam individualizados. Estado se comprometeu a ajudar
Depois de uma conquista considerada histórica pelos atores envolvidos, o deputado federal Túlio Gadêlha (Rede Sustentabilidade) esteve no Palácio do Campo das Princesas esta semana para discutir as indenizações dos prédios-caixão do Grande Recife.
No último dia 11, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou com a governadora Raquel Lyra (PSDB) acordo propondo uma solução para os problemas enfrentados por cerca de 14 mil famílias donas ou ocupantes de apartamentos com risco de desabar no Grande Recife (PE). São 431 prédios interditados. O acordo permitiu que a indenização saísse de R$ 30 mil para R$ 120 mil, por imóvel.
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Mesmo assim, muitas famílias alegam que pagaram valores superiores e ainda enfrentam prejuízos. Representantes dos mutuários e o parlamentar foram recebidos pela secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Pernambuco, Simone Nunes.
Na reunião, foi discutida a possibilidade de mediação junto ao Tribunal de Justiça para soluções individualizadas, visando maior justiça e dignidade para as famílias afetadas.
Simone Nunes recebeu uma carta das famílias e disse que o Governo do Estado está disposto ajudar na busca de soluções viáveis, mas destacou que essa discussão é travada no âmbito judicial por mutuários, Caixa Econômica Federal e seguradoras.
A proposta é criar uma conta judicial para depositar os valores enquanto os casos são analisados. Em nota, o Governo de Pernambuco afirma que “mesmo não fazendo parte, buscou construir um caminho de solução para o impasse”.
Gadêlha destacou a importância da colaboração entre os governos federal e estadual, mas enfatizou a necessidade de continuar lutando por acordos que reflitam a realidade de cada mutuário.
Para Sandra Valéria, que liderou o ato e participou da reunião no Palácio do Governo, "a reunião foi um passo importante, mas ainda há muito a ser feito para garantir que todos recebam uma compensação justa e adequada".