Prefeitura de Salgueiro afirma que encontrou déficit de R$ 23 milhões deixado pela gestão passada
Os dados sobre a atual situação do município foram divulgados na última quinta-feira (6)
O prefeito de Salgueiro, Fabinho Lisandro (PRD), afirmou que encontrou um déficit financeiro deixado pela gestão passada que totaliza mais de R$ 23 milhões. Os dados sobre a atual situação do município foram divulgados durante apresentação do relatório do processo de transição governamental na última quinta-feira (6).
O gestor municipal destacou que no processo de transição foram identificados restos a pagar, oficiais, que somam mais de R$ 18,6 milhões, com apenas cerca de R$ 506 mil em caixa para pagá-los. Além disso, a nova gestão constatou, até o momento, débitos não informados pela antiga gestão na ordem de R$ 4,9 milhões.
A reunião também contou com a participação do vice-prefeito do município, Emmanuel Sampaio (Republicanos), do presidente da equipe de transição do atual governo, o advogado João Luiz Monteiro, todo o secretariado e o controlador e o procurador municipal.
Fabinho Lisandro ressaltou que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) determina que todo o resto a pagar deve ter dinheiro em caixa para ser quitado, o que não ocorreu na transição do governo em Salgueiro.
"Então isso vai ser judicializado, isso vai virar uma discussão na Justiça. Até porque a gente está fazendo todo o trabalho, todo esforço, para que a gente identifique [os restos a pagar], como a gente identificou hoje quase R$ 5 milhões que não estava lá [no processo de transição]", afirmou.
Segundo o prefeito, os servidores e prestadores de serviços não serão prejudicados. Ele destacou que o equilíbrio financeiro da cidade virá a partir da economia "de cada centavo".
"A gente não desperdiça dinheiro público fazendo a locação de equipamentos a preços astronômicos e fazendo o exercício que foi feito agora pela Secretaria de Saúde, onde garantimos a compra de equipamentos para a UPA rodar, na importância de R$ 29 mil. Então é dessa forma, fazendo gestão com responsabilidade que a gente vai fazer todo um planejamento financeiro para que a gente equilibre e traga de volta a capacidade de investimento do nosso município", disse.
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Outras situações
Durante a coletiva de imprensa, a gestão municipal também destacou outros pontos como a suspensão de nomeações do concurso público de 2024 "devido a uma manipulação contábil com dedução indevida dos gastos com pessoal"; perda do convênio do Complexo Esportivo "em decorrência de bloqueio no Cauc (Sistema de Informações sobre Requisitos Fiscais)"; dívidas com prestadores de serviços que paralisaram as obras da base do Samu e da Avenida Brasil; e a quase perda do convênio para a construção de escola em tempo integral no bairro Santa Margarida "por falta de sondagem do terreno".
De acordo com a prefeitura, as obras da Avenida Brasil e do Samu serão retomadas e foi realizada a sondagem do terreno no Santo Margarida para a construção da escola.
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