Presidente eleito do TJPE quer modernizar o Tribunal por meio da Inteligência Artificial
O desembargador também almeja realizar convênios com o Porto Digital do Recife
Ricardo de Oliveira Paes Barreto foi eleito o novo presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) nesta segunda-feira (6), em cerimônia realizada no Palácio da Justiça, Recife. Os outros novos membros da Mesa Diretora da Corte são os desembargadores Fausto Campos (1°vice-presidente), Eduardo Sertório (2° vice-presidente), e Francisco Bandeira de Mello (corregedor-geral da Justiça). Toda a Mesa foi eleita para o biênio 2024-2026. Paes Barreto substitui o atual presidente do TJPE, Luiz Carlos de Barros Figueirêdo.
Em sua gestão, o presidente eleito pretende “modernizar” a Corte, utilizando a tecnologia como uma aliada do trabalho do Tribunal, sem comprometer as vagas de emprego. O desembargador também almeja realizar convênios com o Porto Digital do Recife e encaminhar projetos para a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. Paes Barreto pontuou que, apesar da grande estrutura do Tribunal, a T.I não consegue dar conta da quantidade de demandas. O investimento em Inteligência Artificial que pretende realizar dará celeridade e deverá custar pouco, segundo estima.
“Pretendo modernizar ainda mais o Tribunal, implantar novas técnicas como o chat GPT para atuação de robôs em uma série de demandas repetitivas. (...) Paralelamente, nós vamos buscar reduzir muito despesas e melhorar o investimento naquilo que realmente é atividade-fim do Poder Judiciário”, declarou o presidente eleito. “Nós temos também uma série de projetos que vamos encaminhar a alguns organismos como o BNB (Banco do Nordeste), como a ministra de Tecnologia, para conseguir, na medida do possível, verbas, para que a gente possa, em todos os setores, ampliar muito a T.I. A chave da gestão moderna é a T.I. e nós vamos investir nisso”, disse.
Questionado sobre os maiores desafios que o TJPE enfrenta hoje, Ricardo Paes Barreto afirmou que o orçamento está apertado. O magistrado mencionou a demanda por aumento do número de juízes no interior do Estado como Petrolina e Caruaru, mas afirmou que não há condições de ampliação. A ideia é, principalmente por meio da tecnologia, otimizar o trabalho.“Nós temos um orçamento um pouco apertado, já tive conversas com a governadora, ela está muito ciente e com boa vontade de nos atender. A Assembleia Legislativa também nos chamou, fizemos reuniões, mas compreendemos as dificuldades também do estado”, disse.
Diante da imagem pouco acessível de um Tribunal para a maior parte da população, o presidente afirmou ainda que quer se aproximar da sociedade e prestigiar as minorias. “Poder judicial encastelado já se acabou há muito tempo”, asseverou.
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