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Presidente Lula, em inauguração de fábrica na Hemobrás: "A gente colhe aquilo que a gente planta"

Nova fábrica de medicamentos da empresa em Goiana foi inaugurada nesta quinta-feira (4)

Presidente Lula na inauguração da Hemobrás em Goiana - Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco

Foi com a máxima de que "A gente colhe o que a gente planta" que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou sua fala durante cerimônia de inauguração da nova fábrica de medicamentos da Hemobrás, nesta quinta-feira (4), em Goiana. 

Após ter cumprido agenda em Arcoverde, no Sertão, pela manhã, inaugurando a Adutora do Oeste, Lula seguiu para a Mata Norte do Estado para descerrar a placa que oficialmente abriu a nova fábrica que concretiza o Projeto Buriti, correspondente à implantação e à produção do Hemo-BR. 

O presidente encerra agenda em Pernambuco, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem. Compromisso citado com ênfase por Lula, em Goiana.

"Nós temos hoje um ato importante em Recife, que é o Marco Legal da nossa política cultural. O Brasil, definitivamente, vai ter uma política cultural de Estado que eu espero que nunca mais na vida apareça alguém que ouse acabar com o Ministério da Cultura e acabar com a Cultura neste País".

Ideia da Hemobrás surgiu em 2005
Lula, mencionando Humberto Costa, o então ministro da Saúde do seu governo em 2005, relembrou a ideia na época de criar a Hemobrás e trazer para o município pernambucano.

"Da mesma forma que um dia a gente sonhou trazer para Goiana uma indústria automobilística", citou o presidente, sobre a fábrica da Jeep, que também está localizada na cidade, e que devereceber ainda um novo Instituto Federal - fato dito também por Lula em seu discurso.

Na sequência, o presidente ressaltou o fato de que Pernambuco, segundo ele, tem a "primazia de ter cinco ministros em meu governo. E além de cinco ministros, tem o presidente da República", citando em seguida os ministros André de Paula, Sílvio Costa Filho e Luciana Santos - presentes na cerimônia - e José Múcio e o Advogado Geral da União, Jorge Messias.

Henfil e Betinho
Os irmãos Henfil (1944-1988) e Betinho (1935-1997), ambos hemofílicos, foram citados por Lula que relembrou a luta dos dois por um Brasil melhor, mas também pela dura batalha contra as consequências e complicações da hemofilia - distúrbio ao qual os medicamentos da nova fábrica da Hemobrás serão direcionados.

"Era um tempo em que as pessoas sofriam com falta de tratamento profilático, constantes internações e transfusões de sangue (...) perdemos vida precocemente", citou Lula, para chegar ao "protagonista" da nova fábrica na Hemobrás, o medicamento Hemo 8, voltado para quem sofre do problema da hemofilia.

"A Hemobrás está agora preparada para produzir nesta fábrica que inauguramos", ressaltou o presidente, que continuou lembrando que a Hemobrás foi criada em seu primeiro mandato à frente do Governo Federal.

Menos dependência de insumos 
Lula destacou também que a inauguração da fábrica não marca apenas "o início da produção nacional de todo o parque industrial da Hemobrás", mas também é uma resposta concreta à estratégia nacional para o desenvolvimento do complexo econômico industrial da saúde, lançado ano passado.

O presidente seguiu, em sua fala, reforçando que a nova fábrica de medicamentos tem outros objetivos.

"Nosso objetivo ao criar essa estratégia é expandir a produção nacional de itens prioritários para o SUS , além de reduzir a nossa dependência de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos estrangeiros da saúde".

Nos momentos finais do discurso, Lula falou sobre seu comprometimento com o País, mencionando, entre outros, o compromisso de implantar Institutos Federais no Brasil, com o objetivo de abrir até o final do mandato mil novos espaços federais, setor que, segundo o presidente, vai receber mais de 4 milhões de jovens no ensino de tempo integral.

Lula também mencionou Programas como a poupança criada para crianças em idade escolar que vão receber pelo menos R$ 200 mensais com o comprometimento de uma frequência mínima à escola.

"Investir em educação é a coisa mais barata, decente e digna que um governo pode fazer"


 

 

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