Projeto das faixas salariais dos policiais e bombeiros pode ter dia decisivo

Cercado de incertezas, a proposta do Executivo volta hoje (7) para a pauta da Alepe

Faixas salariais serão votadas na Comissão de Justiça da Alepe - Foto: Breno Laprovitera/Alepe

Na véspera da votação em plenário do projeto do Governo do Estado que extingue as faixas salariais dos policiais e bombeiros militares de Pernambuco na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), o clima na Casa era de incerteza. Nem deputados governistas e nem de oposição se arriscaram a cravar se a tendência era de vitória ou de derrota do Poder Executivo. 

Antes de ir para o Plenário, o projeto será votado novamente na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) na manhã de hoje (7). A relatora é a deputada governista Débora Almeida (PSDB). Ela vai apresentar o parecer ao substitutivo da também governista Socorro Pimentel (União Brasil), aprovado na semana passada na Comissão de Finanças. Esse substitutivo é semelhante ao projeto original do Estado e determina o fim das faixas com escalonamento até 2026.

Composição

Pela atual composição da CCLJ, o Governo está em minoria. Há cinco deputados de oposição contra quatro de Governo. São contrários ao Poder Executivo Sileno Guedes (PSB), Rodrigo Farias (PSB), Waldemar Borges (PSB), Alberto Feitosa (PL) e Romero Albuquerque (União Brasil).

Os governistas são a relatora, Débora Almeida (PSDB), Luciano Duque (SD) e João Paulo (PT), além do presidente, deputado Antônio Moraes (PP). Por causa disso, existe a possibilidade de o projeto ser derrubado logo na CCLJ. Caso isso ocorra, a bancada governista ainda pode apresentar um recurso que deve ser avaliado pelo Plenário.

Se o projeto for aprovado na Comissão de Justiça, a oposição ainda pode apresentar um recurso durante a votação no plenário. 

Obstrução
Uma das hipóteses levantadas ontem nos corredores da Alepe era sobre uma possível obstrução de pauta a ser solicitada por líderes de bancadas da Assembleia durante a votação das faixas em Plenário. Para aprovar o projeto, o Governo precisa de maioria absoluta, ou seja, 25 votos favoráveis nas duas discussões em Plenário. 

Uma das possibilidades ventilada nos bastidores seria a de o PSB e o PL se unirem para obstruir a pauta, impedindo que parlamentares dos dois partidos votassem, descendo para 24 a quantidade de votos com o Governo.

Veja também

Equador inicia racionamento de energia para enfrentar grave seca
AMÉRICA DO SUL

Equador inicia racionamento de energia para enfrentar grave seca

Autoridades americanas dizem que hackers iranianos ofereceram informações de Trump à equipe de Biden
ESTADOS UNIDOS

Autoridades americanas dizem que hackers iranianos ofereceram informações de Trump à equipe de Biden

Newsletter