Projeto de Reforma administrativa de Raquel começa a tramitar hoje (10) na Alepe

Deputados também vão sabatinar indicada por Raquel para administrar Fernando de Noronha

Reforma propõe, entre outras coisas, a criação das secretarias de Mobilidade e Infraestrutura e a de Recursos Hídricos e Saneamento - Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Tem início às 10h desta terça-feira, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o período extraordinário para análise do Projeto de Lei do Executivo (PLE) com a proposta de reforma administrativa do governo Raquel Lyra (PSDB).

A proposta vai começar a tramitar pela Comissão de Constituição, Legislação e Justiça, presidida pelo deputado Waldemar Borges (PSB), que se encarrega de fazer a distribuição para as outras duas: Finanças, Orçamento e Tributação, comandada apor Aluísio Lessa (PSB); e de Administração Pública, que tem à frente Antônio Moraes (PP).

Na sequência, vem a escolha dos relatores e apresentação ou não de emendas que serão discutidas antes de o projeto ir ao plenário, depois de cinco dias úteis, o que deverá ocorrer no próximo dia 17, às 14h30. A votação do PLE dar-se-á por maioria simples, quando é preciso quórum de pelo menos 25 dos 49 deputados presentes à sessão.

A reforma administrativa permitirá à nova gestão, segundo a governadora Raquel Lyra, a execução do Plano de Governo com foco nas áreas estratégicas para o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida dos pernambucanos, como Mobilidade, Recursos Hídricos e Saneamento, Defesa Civil, Desenvolvimento Regional e Metropolitano e Transformação Digital.

O PLE, além dos focos nas agendas emergenciais e estratégicas, propõe um aumento de 43% da gratificação para os servidores da educação que ocupam funções técnico-pedagógicas da rede pública estadual de ensino. O teto para tais gratificações passa, conforme a proposta, de R$ 2,1 mil para R$ 3 mil. O texto prevê que o detalhamento dessas gratificações será normatizado via decreto, conforme cargos e critérios de porte da escola, por exemplo.

Propõe-se, também, a manutenção do número de secretarias (27) e, para atender às novas áreas estratégicas, um quadro total de 12.088 ocupantes de cargos em comissão e funções gratificadas, representando um ajuste de  2,1% no organograma atual.

Com a economia de R$ 150 milhões decorrentes do Plano de Qualidade do Gasto Público, anunciado ontem pela Secretaria da Fazenda, os R$ 25 milhões calculados como impacto financeiro anual com a Reforma serão absorvidos sem impacto fiscal. O valor representa apenas 0,07% da Receita Corrente Líquida do Estado de Pernambuco em 2022.

A reforma administrativa também propõe a criação das secretarias de Mobilidade e Infraestrutura e a de Recursos Hídricos e Saneamento. Na estrutura atual, uma só pasta reúne as ações de infraestrutura e acesso à água. A pauta do transporte público, antes vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), se une à Infraestrutura.

Nesse sentido, o Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran), o Consórcio de Transportes da Região Metropolitana do Recife (CTM) e a Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal (EPTI) também serão deslocadas da Seduh para a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura.

Além do Projeto de Lei da Reforma Administrativa, a Alepe também apreciará na mesma convocação extraordinária, Projeto de Lei renovando o Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (FEEF) por mais dois anos, buscando a garantia do equilíbrio fiscal do Estado, mediante possíveis mudanças na trajetória de arrecadação que podem atingir todos os estados do País. A sabatina de Thalyta Figueirôa, administradora do Distrito Estadual de Fernando de Noronha indicada pela governadora, ficou agendada para o dia 17, às 10h.

Veja também

Dino determina que estados da Amazônia expliquem focos de queimadas
Queimadas

Dino determina que estados da Amazônia expliquem focos de queimadas

Banda Catedral faz duas noites de shows no Teatro RioMar
MÚSICA

Banda Catedral faz duas noites de shows no Teatro RioMar

Newsletter