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PT cobra explicações de Bolsonaro sobre suposto plano de assassinato de autoridades

Partido exigiu também que Bolsonaro fosse responsabilizado pelos crimes

PT cobra explicações de Bolsonaro sobre suposto plano de assassinato de autoridades - Tomaz Silva, Paulo Pinto e Rovena Rosa/Agência Brasil

O Partido dos Trabalhadores (PT) emitiu uma nota nesta terça-feira (19) cobrando explicações do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre o envolvimento de militares em um plano para assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O partido também exigiu que ex-gestor fosse responsabilizado.

“As estarrecedoras conclusões do inquérito da Polícia Federal sobre os planos de militares para assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes apontam diretamente para o Palácio do Planalto comandado por Jair Bolsonaro”, afirma a nota.

A nota acusa que os planos foram discutidos na residência do ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e envolveram outros militares de alto escalão, como o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Presidência, e o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

“O chefe da operação de assassinato era o general Mário Fernandes, e o ex-chefe do GSI, general Augusto Heleno, seria o coordenador de uma junta militar para impor a repressão e garantir a ditadura de Bolsonaro”, pontuou.

Defesa
A nota defendeu também as prisões realizadas pela Polícia Federal na manhã de hoje, determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes.

“As prisões desta manhã, determinadas pelo ministro Moraes com o respaldo do procurador-geral da República, são um passo importantíssimo para a responsabilização dos arquitetos do 8 de janeiro”, seguiu a nota.

O PT defendeu que todos os responsáveis pela trama, civis e militares, sejam processados e punidos. “A contenção do golpismo e do terrorismo da extrema direita, no entanto, exige que todos os envolvidos sejam processados e punidos pedagogicamente, a começar pelo chefe e seus cúmplices mais poderosos, civis e militares”.

O partido também alertou sobre a necessidade de combater a impunidade. “Enquanto permanecerem impunes, seguirão ameaçando a democracia e a paz no Brasil”, afirmou a legenda.

Anistia
A nota também criticou o apoio de parlamentares e governadores ligados a Bolsonaro a um possível projeto de anistia no Congresso, e denunciou o uso de redes sociais por grupos extremistas para disseminar ideais autoritárias.

“É a impunidade dos chefes, a desfaçatez com que se apresentam em público, nas redes sociais e até na mídia, o mais potente incentivo à ação criminosa de indivíduos ou grupos extremistas espalhados pelo país”, denunciou.

O PT concluiu a nota reforçando que não há espaço para "bolsonarista moderado" e que todos os envolvidos na tentativa de golpe e no plano de assassinatos devem ser punidos sem anistia. “Não existe, por definição, bolsonarista moderado nem democrata de extrema direita”.

Investigação
A nota é uma resposta às recentes revelações da Polícia Federal, que apontam para uma conspiração golpista que envolvia não apenas militares, mas também figuras próximas ao governo Bolsonaro, e que teria como objetivo evitar a posse de Lula em janeiro de 2023, por meio de assassinatos e outras ações violentas.

Acompanhe a nota na íntegra:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por PT - Partido dos Trabalhadores (@ptbrasil)

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