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Acompanhe aqui a sabatina com a candidata Dani Portela

A indicada pelo PSOL será ouvida na Rádio Folha FM 96.7

Dani Portela, Deputada Estadual pelo PSOL, na Rádio Folha. - Clarice Melo/ Divulgação

A série de sabatinas da Rádio Folha FM 96,7 prossegue nesta sexta-feira com a participação de Dani Portela (PSOL)

O âncora Jota Batista e a colunista de política da Folha de Pernambuco, Betânia Santana, comandam a sabatina das 11h às 12h. Participa da sabatina como convidado, o professor de Ciência Política, Hely Ferreira. 

Acompanhe aqui:

Por que ser candidata?

“Eu quero ser prefeita do Recife para ter uma cidade que seja mais justa, em especial aquelas com quem a cidade não tem sido tão justa. quero ser prefeita do Recife porque estou onde sempre estive: à esquerda da cidade. Quero que a esquerda volte a governar Recife e que as nossas poautas não sejam escondidas na eleição”

Saúde
 

"Precisamos falar de universalização da saúde. A nossa proposta é não fazer esquema de rodízio. Não dá para fazer com que alguns bairros atendam de manhã e outros atendam à tarde. Muitas pessoas gastam com passagem e quando chegam no local, não há mais atendimento.Então temos que investir em atenção básica e olhar para a saúde além do atendimento. Precisamos trabalhar em prevenção e estruturas, como sanamento básico. No caso de servidores, precisamos fortalecer o município realizando concurso, pois é preciso valorizar toda essa cadeia de saúde, para além dos médicos. A gestão atual vem avançando em privatizações como nenhum governo na história. Precisamos defender uma saúde pública com recursos públicos".

Segurança pública
 

"A gente não pode olhar segurança fatiando responsabilidades. Recife lidera números muito ruins em segurança pública. Recife é uma capital com maioria de mulheres e população negra. É justamente para essa parcela da população que a cidade é insegura. Precisamos fortalecer a guarda municipal, mas fazendo com que a carreira desses guardas seja mais sólida. Armas, por si só, não resolvem o problema da segurança pública. Falar em armar uma parcela dos guardas, quando a guarda está desestruturada e com péssimos salários, é um discurso fácil. É preciso ir além disso. É preciso investir em iluminação pública e dar mais segurança nos transportes. Não é por acaso que os termos 'mulher', 'mãe' e 'feminícidio' aparecem tanto no nosso Plano de Governo. Precisamos discutir segurança pública para além da lógica ostensiva e punitiva". 

Armamento da guarda

"Em várias capitais a guarda já foi armada, mas Recife segue resistindo. Agora os candidatos estão cedendo. Mas sou defensora dos direitos humanos. E em um país onde a arma está sempre apontada para jovens negros e periféricos, não posso defender um armamento maior. Isso aumenta a letalidade de onde deveríamos investir para ter um futuro. Precisamos investir em armamentos não-letais, que a guarda já pode usar. Mas hoje, nem essas armas não-letais estão em boas condições".

Educação

"Sou professora, então sempre vou olhar para a educação com muito cuidado. O rodízio vem sendo denunciado nas creches. Imagine o que é uma aula remota em creches e educação infantil. Parece brincadeira, mas é o que vem acontecendo. Creche tem que ser em horário integral. Tem mães que dizem que os filhos estão frequentando a creche apenas uma vez na semana. Isso é um gárgalo impensável. O prefeito prometeu colocar ar-condicionados, mas a rede elétrica não funciona e é feito o rodízio. Isso são em várias unidades. Hoje temos profissionais com contratos temporários e professores precarizados. É preciso investir em pessoal. Prédio sozinho não cuida de gente. Precisamos fortalecer as políticas públicas com orçamento público. É preciso concurso e ampliar número de vagas".

Cultura

"Recife é a capital cultural do Brasil. É a cidade do movimento mangue. Precisamos debater os ciclos. Os fazedores de cultura precisam ser valorizados além do carnaval, São João e final de ano. Uma coisa que propomos é ensinar cultura nas nossas escolas. Isso gera trabalho e renda para nossos artistas o ano inteiro. Precisamos, também, revisitar os cachês. É comum ver pagamentos de valores milionários para artistas de fora e pouco para artistas locais. Além de ser pouco, eles demoram a receber. É um absurdo que um maracatu receba de R$ 4 mil a R$ 6 mil para tocar no palco. É preciso diminuir esse abismo e pensar neles o ano inteiro. Também temos que desburocratizar os editais culturais". 

Infraestrutura

"Precisamos olhar para o centro, que é o coração da cidade. Nossa proposta é, primeiro, olhar para a população em situação de rua, que tem aumentado consideravelmente no Recife. Precisamos de assistência social, fazer redução de danos e tirar as pessoas da condição de rua. Fazer moradia popular também é essencial. Olhamos o centro e vemos tanta casa sem gente e tanta gente sem casa. No centro dá para ver essa desigualdade. Vamos requalificar esses imóveis e fazer moradia popular no centro. Os imóveis privados que estão abandonados não cumprem função social. Essas propriedades estão devendo mais em tributos do que o próprio valor em si. A constituição diz que esses imóveis podem ser desapropriados". 

Política partidária

"Eu sou do time de Lula, sempre estive desse lado. Sou a única candidatura de esquerda na cidade. Sempre estive do lado que eu estou. Não vou esconder isso em troca de votos. João Paulo (PT) foi o melhor prefeito que essa cidade já teve. Foi um prefeito que veio do povo, que não é filho de político. Ele vai seguir a orientação do partido (de votar em João Campos), mas não vai abaixar as bandeiras que são prioritárias pra gente. Não existe neutralidade na política. Temos um lado: o do trabalhador e trabalhadora da cidade do Recife". 

Considerações finais

"Isso não é apenas mais uma eleição. Não estamos aparecendo a cada quatro anos, permanecemos nos territórios cotidianamente. Quero chamar você para construir um Recife que tenha a nossa cara"
 

 

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