"São Francisco brasileira": Nizan Guanaes reforça que Recife deve apostar na vocação tecnológica
Em evento na Capital pernambucana, o estrategista falou sobre potencialidades locais
Em passagem pelo Recife nesta semana, Nizan Guanaes conversou com empresários e executivos do Estado e do Nordeste nesta quarta-feira (18).
Na palestra, o estrategista, que é um dos principais nomes da comunicação e da publicidade no País, trouxe reflexões sobre visão estratégica, posicionamento de marca e potencialidades do mercado local, que, na avaliação dele, deve ser "global" e redobrar a aposta na vocação tecnológica como uma "São Francisco brasileira".
O evento, promovido pelo Experience Club Nordeste, reúne 250 convidados no Estaleiro Ecomariner, no bairro do Pina, Zona Sul da cidade. Desde terça-feira (17) circulando pela Capital, onde, entre outras atividades, visitou a sede da Folha de Pernambuco, o baiano de 64 anos se disse impressionado com o que viu.
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"Uma tecla em que eu vou bater é vocês se posicionarem como a São Francisco brasileira. É a vocação da cidade digital. A cidade tem que investir fortemente no ensino técnico, formando mão de obra de programadores", ressaltou Guanaes, que considera a estratégia, não mais a publicidade, a "alma do negócio".
O estrategista sugeriu ainda que o município aproveite a localização geográfica, voltada ao Oceano Atlântico, para estreitar os laços com potenciais parceiros de outros continentes, como os portugueses. “Recife tem que ser global e deve se posicionar nisso. Eu faria uma política de aproximação com Portugal, que está a sete horas (de avião) daqui e é fortíssimo no digital. Isso é ambição global”, analisou, acrescentando que ficou impressionado com o que viu na cidade nesses últimos dois dias.
A “alma” do negócio
Ainda de acordo com Guanaes, hoje em dia, é a estratégia, não mais a propaganda, a alma do negócio, que precisa se posicionar de maneira firme diante do público. “É preciso dizer assim: ‘Esse aqui é o meu consumidor e esse aqui não é’. Quem não tem estratégia cai no oceano vermelho sangrento [da competição]”, reforçou.
A palestra no Recife integra uma agenda de visitas que o estrategista tem feito com o Itaú BBA aos diferentes polos econômicos do País. Tudo, conforme explica o próprio Nizan, como parte de uma estratégia: “Você vai conhecendo um monte de pessoas, e é muito importante isso. O Brasil não é só a Faria Lima nem só o Leblon. Esse entendimento é claro para o banco, e ele está se expandindo assim”.