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Secretários opinam sobre cessão de servidores do Governo do Estado

Túlio Vilaça defende retorno de servidores e Aldemar Santos apoia cooperação

Túlio Vilaça e Aldemar Santos - Divulgação

O secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça, afirmou ontem que o retorno dos servidores do Estado cedidos aos municípios não é uma questão de vingança, mas de necessidade administrativa. Ele não soube informar o número total de funcionários cedidos, mas estimou que no ano passado, só da Secretaria de Saúde, havia mil pessoas à disposição de outros órgãos e instituições.  Também ontem o secretário de Governo do Recife, Aldemar Santos, declarou que a cessão faz parte de um acordo de cooperação, que se tornou praxe. A prefeitura, que tem em seus quadros secretários oriundos de outros poderes, pretende abrir um canal de negociação com o Executivo estadual tão logo redesenhe a estrutura administrativa da próxima gestão.

“Precisamos de gente para ajudar o Estado. Mesmo que não seja 100%, pois podemos analisar caso a caso. Isso não é vingança, não é pirraça, é necessidade. Não é porque o servidor estava na Prefeitura A, B ou C que ele vai ser hostilizado. Ele é funcionário do Governo e a questão política pouco importa”, disse Vilaça, reforçando a declaração da governadora Raquel Lyra (PSDB), que defendeu o retorno dos servidores.

Ontem, ao ser abordada sobre o tema em seminário da Associação Municipalista de Pernambuco, a governadora foi mais assertiva. “Teremos um diálogo muito claro e transparente de que precisamos fortalecer o time do governo de Pernambuco diante do volume de ações, projetos e recursos que a gente tem para investir no nosso Estado. Para isso, a força do trabalho completa é fundamental”, disse.

Instrumento

Já Aldemar Santos avalia que a cessão de servidores é um acordo de cooperação entre os governos. "A cessão é um instrumento absolutamente corriqueiro entre os poderes. É um acordo de cooperação", enfatizou o secretário de Governo do Recife, lembrando que nem na administração do ex-presidente Jair Bolsonaro, criticada por várias mudanças, esse foi um tópico colocado em xeque.

"É um expediente normal em todo território nacional, uma questão de praxe", destacou o secretário, que ontem representou o prefeito do Recife, João Campos (PSB), no encontro promovido pela Amupe. 

Estão na Prefeitura do Recife, entre outros nomes vinculados ao Governo do Estado, o presidente da Emprel, Bernardo Almeida, os secretários de Educação, Fred Amancio; a de Finanças, Maíra Fischer, o de Ciência, Tecnologia e Inovação, Rafael Figueiredo.

Grupo

Aldemar Santos registrou que o grupo de trabalho criado para analisar a gestão na prefeitura realizou duas reuniões e que, após a definição da nova estrutura administrativa, vai procurar o Governo do Estado para negociar as cessões. "Talvez seja preciso fundir ou extinguir secretarias. Ainda não temos o tamanho que a próxima administração terá", planeja o secretário que integra o grupo coordenado pelo vice-prefeito eleito, Victor Marques (PCdoB).

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