"Será uma eleição de dois turnos", diz Elias Gomes em visita à Folha de Pernambuco
Pré-candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes explicou ainda como fica a relação do PT com Joã
O ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes e pré-candidato ao comando do município, Elias Gomes (PT), visitou a Folha de Pernambuco, na manhã de ontem (2), e, em seguida, participou do programa Folha Política, da Rádio Folha FM 96,7. O petista foi recebido pelo diretor executivo, Paulo Pugliesi; pelo diretor operacional, José Américo Lopes Góis; pela diretora administrativa, Mariana Costa; pela editora-chefe do jornal, Leusa Santos; e pela gerente de jornalismo da Rádio Folha, Marise Rodrigues.
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Também participaram do encontro os jornalistas Tarcísio Regueira, apresentador do ‘Programa do Bocão’, e Betânia Santana, colunista de Política da Folha.
Disputa
Disputando o comando do segundo maior colégio eleitoral do Estado, Elias Gomes acredita que o pleito será acirrado em Jaboatão dos Guararapes. Ele aposta que o cenário nas cidades da Região Metropolitana do Recife deve ser bastante disputado, com exceção do pleito no Recife, onde o prefeito do Recife, João Campos (PSB), figura, segundo ele, com “uma aprovação muito grande”.
“Embora tenha quatro candidatos, vai ser (uma eleição polarizada), assim como acontece nas grandes cidades, com exceção do Recife, que tem um prefeito com uma aprovação muito grande (João Campos, PSB). Será uma eleição de dois turnos”, aponta.
Partido
Sobre a relação entre PT e PSB, Elias acredita que não haverá divisão entre a sigla e João Campos, após o gestor ter escolhido o nome do ex-chefe de gabinete da Prefeitura do Recife Victor Marques (PCdoB) para sua vice. O PT pleiteava o posto, mas acabou garantindo apoio ao socialista mesmo sem integrar a chapa majoritária.
Visita aconteceu nesta quinta-feira (25) | Foto: Alexandre Aroeira/Folha de PernambucoFrente ampla
Elias Gomes afirmou que formou uma “frente ampla” para “enfrentar o bolsonarismo” em Jaboatão dos Guararapes, em referência indireta às candidaturas do prefeito Mano Medeiros (PL), do partido do ex-chefe do Executivo federal, e da deputada federal Clarissa Tércio (PP).
“Constituímos uma ampla frente política para enfrentar o bolsonarismo na nossa cidade. Não que eu vá enfrentar os eleitores de Bolsonaro, se for eleito, irei trabalhar para todos indistintamente. Mas nosso projeto é construir a cidade”, afirmou.
Segundo ele, Mano Medeiros e Clarissa Tércio vão disputar o mesmo eleitorado: a base de aliados de Jair Bolsonaro no município.
Evangélicos
Sobre enfrentar dois candidatos ligados ao segmento evangélico, Elias Gomes garantiu que vai manter parceria com as igrejas. No entanto, ele ponderou que não fará campanha nos locais de culto.
“Eu não uso igreja como comitê, não uso e não usarei púlpito como palanque em respeito aos evangélicos, mas irei procurá-los como um segmento muito relevante da sociedade.”
Elias participou do programa Folha Política, da Rádio Folha 96,7 FM | Foto: Alexandre Aroeira/Folha de PernambucoPT e PSDB
Sobre as cobranças por ter sido do PSDB e ter se filiado, recentemente, ao PT, Elias Gomes cita que o vice-presidente de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), também já foi do PSDB e hoje está aliado ao petista. Ele ainda relatou que “sempre votou em Lula” para Presidência da República. Sobre a aliança com João Campos, ele assegurou que tem uma relação histórica com a família Campos Arraes.
“Hoje, estar com João Campos é algo absolutamente natural”, garantiu.
Novo mandato
Elias Gomes destacou ainda que quer debater o futuro de Jaboatão e fez uma comparação com suas antigas passagens pela gestão (2009-2012 e 2013-2016).
“Eu sou o futuro, não sou o passado. Elias II tem compromisso com esse futuro, vamos colocar uma equipe conectada com o futuro, investir na tecnologia, na modernização da máquina para a gente fazer uma importante mudança em Jaboatão”, afirmou.
Raquel
Sobre as perspectivas de relação institucional com a governadora Raquel Lyra (PSDB), caso seja eleito, Elias Gomes defendeu que terá uma boa relação institucional com a gestora tucana.
“Não vou ter nenhuma dificuldade em procurá-la para que a gente tenha uma boa relação institucional”, afirmou. No entanto, ele disse que não vai criar constrangimento para a administradora pedindo apoio em uma eleição onde ela tem candidatos filiados a partidos que integram sua base política, como Mano e Clarissa Tércio.
Confira a entrevista na Rádio Folha:
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