Teresa Leitão defende a unidade das forças progressistas e acha cedo pensar em 2024
Senadora eleita deu entrevista à Rádio Folha na manhã desta quarta-feira (9)
A senadora eleita por Pernambuco, Teresa Leitão (PT), corrobora a defesa da vice-governadora Luciana Santos (PCdoB) em relação à unidade das forças progressistas no Estado. Mas é contra a posição do deputado federal eleito Lucas Ramos (PSB) que já prega a formação de chapa PT e PSB para a eleição à Prefeitura do Recife, em 2024, e até ousa pensar em 2026, para o próximo pleito ao Palácio do Campo das Princesas. "Nem tanto ao céu nem tanto ao mar", disse na manhã desta quarta-feira (9), em entrevista à Rádio Folha FM.
A parlamentar reconhece que a Frente Popular demorou muito a escolher a chapa majoritária - Danilo Cabral ao governo; Luciana Santos, como vice, e ela mesma ao Senado.
"Mas essa antecipação de dois anos não é salutar. Acho que o processo tem que correr. As eleições não serão apenas no Recife. Teremos eleições em todo o Estado", registrou em entrevista online porque a senadora ainda se recupera de uma cirurgina no fêmur.
Teresa Leitão lembrou que Pernambuco não tem histórico de criar dificuldades na hora de criar frentes. A última foi no segundo turno deste ano, quando as forças se uniram para apoiar a ex-candidata Marília Arraes (Solidariedade), mesmo havendo algumas defecções.
"Todas as forças da Frente Popular - com exceção do PP - apoiaram Marília Arraes no segundo turno. O que dificulta é quando um ou outro partido tem posição de hegemonismo, o que também é comum", pontuou.
A senadora eleita acredita que as legendas que se uniram em defesa de Marília permaneçam juntas para garantir a oposição à governadora eleita, Raquel Lyra (PSDB). O PSB fez dez deputados estaduais e a federação (PT, PCdoB e PV) consolidou mais sete nomes.
"Vamos ouvir os três deputados eleitos pelo Partido dos Trabalhadores. Há reuniões marcadas para isso, inclusive com a federação. Vamos experimentar uma forma nova de fazer política e respeitar a federação que criamos, embora cada partido tenha direito de dar sua opinião", declarou.