"Tivemos uma questão imprevisível”, afirma Zilda Cavalcanti sobre síndrome respiratória infantil
Secretária de Saúde do Estado disse que o surto teve características diferentes este ano
A secretária de Saúde de Pernambuco, Zilda Cavalcanti, explicou que este ano os casos de crianças com síndrome respiratória tiveram um comportamento epidemiológico diferente este ano. Segundo ela, a doença afetou crianças muito menores que as que geralmente desenvolvem a síndrome, o que acabou causando impacto no sistema de saúde estadual.
“Este ano, esse surto na pediatria teve um comportamento epidemiológico diferente. Ele passou a acometer muitas crianças menores, de zero a seis meses, e elas são de maior especificidade, porque boa parte das equipes de saúde que tratam na pediatria não têm formação no cuidado desses menores. A gente tem uma dificuldade maior de unidades de saúde que sejam capacitadas e que atendam a esse tipo de população, porque a dificuldade e complexidade é maior. Estamos tendo que lidar com essa imprevisibilidade de ainda disponibilizar leitos mais específicos para cuidar dos bebezinhos menores”, explicou a secretária.
A gestora ainda comentou o pedido de deputados do PSB pela sua exoneração da pasta. “Não tenho outra resposta a não ser essa: eu sigo trabalhando”, declarou. Zilda também abordou o caso do Hospital Barão de Lucena, em que, no último domingo (26), uma criança recém-nascida atingida de raspão por uma bala de arma de fogo.
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“O susto foi grande na hora, mas graças a Deus está tudo bem, o bebê está bem, a Polícia Militar chegou logo em seguida, a Polícia Civil está no local desde ontem fazendo toda uma investigação para entender como foi o contexto da situação, o que se sabe é que foi uma bala perdida”, esclareceu Zilda Cavalcanti, que ainda ressaltou o reestabelecimento de postos policiais 24h nos seis grandes hospitais de alta complexidade do Estado.
Balanço
Cavalcanti aproveitou para fazer um balanço do período em que está à frente da secretaria, elencando a abertura de 236 leitos de pediatria, habilitação de serviços de atenção materno-infantil em Vitória e Salgueiro, e abertura de emergência cardiológica no Hospital Eduardo Campos, em Serra Talhada. Segundo a secretária, o objetivo das ações é promover uma maior regionalização da saúde.
