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Túlio Gadêlha pede escolta armada após ameaças

Parlamentar criticou uso político de família dos condenados e diz ter sofrido represálias

Túlio Gadelha

O deputado federal Túlio Gadêlha (Rede-PE) pediu escolta armada e acionou a Polícia Legislativa Federal e a presidência da Câmara dos Deputados após receber uma série de ameaças contra sua integridade física. As ameaças surgiram, segundo ele, após seu discurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde Gadêlha se opôs a um projeto de lei que propõe anistia para pessoas envolvidas nos eventos de 8 de janeiro.

Gadêlha diz ter se tornado alvo de ataques nas redes sociais e em mensagens direcionadas a seu gabinete após criticar o projeto e denunciar o uso político das famílias dos condenados pelos atos do 8 de janeiro. Durante sua fala na Comissão de Justiça da Câmara Federal, o deputado argumentou que  parlamentares da extrema direita usaram as famílias dos presos para promover ataques políticos e incitar os manifestantes golpistas, uma prática que, segundo ele, já havia sido empregada antes do ataque às sedes dos Três Poderes.

Em seu Instagram, Gadêlha destacou que as ameaças recebidas são uma prova da continuidade dessa manipulação política.

“Essas mensagens que recebi hoje são a prova viva de que parlamentares da extrema direita continuam usando a família dos condenados para atacar politicamente outros parlamentares” afirmou.

O parlamentar ressaltou que a crítica e o desacordo são aceitáveis na esfera política, mas ameaças e agressões são crimes que devem ser tratados com seriedade.

O deputado fez um apelo para que a crítica política seja diferenciada das ameaças, enfatizando que a violência e as ameaças são questões que precisam ser tratadas com rigor pelas autoridades.

“Ameaça é coisa séria e precisa ser tratada como caso de polícia,” afirmou Gadêlha.

As ameaças foram registradas em boletim de ocorrência e Gadêlha solicitou ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), uma investigação para responsabilizar os responsáveis. O deputado expressou estar vivendo uma situação inédita de insegurança e reforçou a necessidade de um debate mais profundo sobre o papel das plataformas digitais na disseminação de desinformação e ódio.

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