Vereador foi morto por motivações políticas
De acordo com o delegado Júlio César Porto, que está à frente das investigações, um dos envolvidos no assassinato do vereador, Adriano Manoel da Silva, foi vítima de uma tentativa de homicídio em abril deste ano. Ele é considerado braço direito de Ivson Pereira Ferreira Barbosa, o Figura, que é, para a Polícia, o mentor do crime.
"O crime teve viés político porque ele tinha também como braço direito um conselheiro tutelar e pré-candidato a vereador. Já havia um acirramento na cidade de troca de farpas entre o pré-candidato e a atual gestão. Ele não estava satisfeito em se vingar apenas dos dois homens que tentaram matá-lo e passou a se articular com o Figura, que tem influencia na cidade. No primeiro momento ele pensou que a tentativa de homicídio teria sido arquitetada pelo Prefeito do município. Alex Robervan de Lima. Depois desconsiderou e, influenciado por Ivson, achou que teria sido Jorge Lima", afirmou o delegado.
Apesar das suspeitas de Adriano, a Polícia afirmou que não há nenhuma evidência de que o vereador estivesse envolvido na tentativa de homicídio.
Durante as investigações, duas pessoas - identificadas como Ademir Manuel da Silva e Cyro Anderson Gonçalves-, foram assassinadas. "Pelo que se apurou até agora, é provável que as mortes tenham sido queima de arquivo. Mas os inquéritos seguem ainda em andamento", completou o titular.
Ainda segundo o delegado, as conversas de WhatsApp foram definitivas no detalhamento das apurações. "As mensagens de texto e de áudio confirmaram as nossas suspeitas. Tanto que Ivson sempre pediu para que Adriano apagasse as conversas", acrescentou. Ivson e Adriano seguem presos.
Investigação
Durante as investigações, a Polícia descobriu ainda que, além de matar o vereador Jorge José de Lima, Adriano mantinha um comércio intenso de drogas no município. De acordo com o delegado, foram presos ainda a mãe, a esposa e o irmão de Adriano, identificados como Josefa, Liliane e Alexandre, respectivamente, por tráfico de drogas e associação ao tráfico.
Com informações de Jacielma Cristina, da Rádio Folha