Vice-governadora Priscilla Krause comenta movimentações do "blocão" na Alepe
As movimentações na Alepe aconteceram após o União Brasil (UB) anunciar saída do blocão governista
Em meio às articulações para a composição das comissões da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a vice-governadora Priscilla Krause (Cidadania) reforçou, em entrevista exlucisva à Folha de Pernambuco, a confiança na relação entre o Executivo e o Legislativo e minimizou o risco de o governo perder a governabilidade na Casa.
“A Assembleia vem sendo parceira nossa do governo, na verdade, parceira de Pernambuco. Todos os projetos importantes para nosso estado, enviados pela governadora Raquel Lyra, foram aprovados após amplo debate e discussão, sendo aperfeiçoados conforme necessário, sempre com ampla maioria”, afirmou Krause.
A movimentação na Alepe ocorreu após o União Brasil (UB) anunciar a saída do blocão governista, adotando uma postura de independência e levantando dúvidas sobre o futuro da base de apoio ao governo Raquel Lyra (PSDB).
O partido indicou o deputado estadual Edson Vieira (UB) para compor comissões estratégicas, mas ainda avalia seu posicionamento definitivo em relação ao Palácio do Campo das Princesas.
Sobre a disputa pela presidência das comissões, Krause evitou cravar uma posição categórica, mas defendeu que os deputados aliados atuem para garantir espaços estratégicos.
“Eu não tenho dúvida nenhuma de que a Assembleia Legislativa, diante da responsabilidade que tem, parceira, nesse momento, vai tomar a sua decisão, a partir da conversa entre os pares. Eu já fui deputada, conheço a dinâmica da Assembleia e conheço também a responsabilidade desse poder para com o estado de Pernambuco. As coisas têm seu processo e tempo próprios, mas seguimos trabalhando firmes, mantendo o foco na gestão”, destacou.
Apesar das incertezas, a governadora Raquel Lyra tem reiterado a expectativa de “corresponsabilidade” dos parlamentares na condução dos trabalhos na Alepe.
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Nos bastidores, a avaliação é de que a gestão estadual pode enfrentar maior resistência, mas segue articulando para preservar sua governabilidade e evitar que temas prioritários enfrentem entraves no Legislativo.
O desfecho das negociações deve ser definido nos próximos dias, quando os partidos finalizam suas indicações para a composição das comissões.
Até lá, o governo mantém a estratégia de reforçar o diálogo e buscar apoio para garantir que a agenda da gestão siga avançando na Alepe.