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Volta de Bolsonaro anima lideranças do PL em Pernambuco para 2024

Anderson Ferreira e Gilson Machado relataram momentos que consolidaram relação ex-presidente

Anderson diz que PL em Pernambuco tem vitalidade fantástica, enquanto Gilson Machado já se coloca como prefeiturável no próximo ano - Foto| Divulgação

O retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Brasil animou as lideranças do PL em Pernambuco para 2024. O presidente da legenda no Estado, Anderson Ferreira, disse que o partido está mais vivo do que nunca. Ele mencionou as reestruturações recentes em diretórios municipais, como em Caruaru e no Recife, e citou a eleição das maiores bancadas federal (5) e estadual (4) após a sua candidatura ao Governo do Estado no ano passado, quando ficou em terceiro lugar na disputa. “O partido está andando em Pernambuco para ouvir lideranças e tentar colocar os maiores números possíveis de candidatos e alianças partidárias que podem ser feitas. Cada cidade tem uma situação diferente”, destacou.

Anderson Ferreira relembrou o vínculo com Bolsonaro desde que apresentou o Estatuto da Família, em outubro de 2013. “Essa bandeira do conservadorismo surgiu no Estatuto da Família, quando evangélicos e católicos se uniram. Foi um fator determinante desse crescimento”. 

O ex-prefeito de Jaboatão contou que não esteve em Brasília com o ex-presidente por conta de outros compromissos que dificultaram a compra da passagem aérea. Mas ele comentou a disposição relatada à Folha pelo ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que visa ser escolhido para concorrer às eleições do Recife. “Veja como nosso partido tem essa vitalidade fantástica, bons quadros, várias pessoas querendo se colocar, se doar para o projeto!”, afirmou. 

Sobre os nomes do PL para concorrer à Prefeitura do Recife, contudo, Anderson acredita ainda ser muito cedo para discutir. “É muito cedo para falar no Recife agora, é muito prematuro. Um debate como esse tem que ser muito pensado, tem que se analisar todo o cenário político no Recife. A construção de uma candidatura não surge de um dia para a noite, nem é um projeto pessoal. A gente tem tempo para isso, o partido tem essa vitalidade”, destacou. Além de Gilson Machado, o deputado federal André Ferreira (PL), que é seu irmão, também já se colocou como prefeiturável da capital.

Um dia depois de se encontrar em Brasília com o ex-presidente, Gilson Machado, por sua vez, disse estar pronto para concorrer  à Prefeitura do Recife em 2024, se for convocado. Indagado se será candidato de Bolsonaro no próximo ano, ele respondeu: “Sou uma pessoa que estou pronta para qualquer serviço, eu monto num cavalo brabo ou em cima da sanfona. Fui o conservador mais votado do Nordeste”, afirmou, lembrando que, embora tenha perdido a disputa do Senado em Pernambuco para Teresa Leitão (PT), ele teve mais votos do que João Roma, eleito deputado federal na Bahia. 

Gilson Machado frisou que, em Pernambuco, o ex-presidente conseguiu transferir sua popularidade para ele. “Somente no Recife, eu tive 300 mil votos. Apesar de ser minha primeira eleição, sai com sucesso moral. O presidente teve 42%, eu 40%. Colei com ele em Pernambuco, ele conseguiu transferir todos os votos (para mim). Estou identificado com o eleitor conservador cristão que preza pela família… Transformei o forró em Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil”, declarou, enumerando um balanço de ações.

Ao falar se já existe um cenário formado para a disputa da capital pernambucana, o ex-ministro defendeu a realização de pesquisas eleitorais no próximo ano para definição dos candidatos. “A gente pode fazer mais na frente uma pesquisa, para ver quem está melhor posicionado, para ver qual é a melhor a candidatura. Quem tem que decidir é o povo. Os partidos não são uma capitania hereditária”.  

O ex-ministro, que já havia defendido Bolsonaro em Brasília sobre o caso das joias sauditas, dizendo “o episódio está resolvido”, frisou ter almoçado com o ex-presidente na companhia de outros pernambucanos, como a deputada federal Clarissa Tércio, os deputados federais Coronel Meira e Pastor Eurico, além do estadual Alberto Feitosa. “Ele volta ao Brasil para fazer parte de um bloco de conservadores que lutam para o Brasil melhorar”, destacou, citando os avanços que a gestão bolsonarista trouxe para o País, para o Estado e para o Recife.

Questionado se o presidente tinha lhe dito algo especial, Gilson afirmou: “a gente está assistindo de camarote o desgoverno que está aí”, demonstrando que a trégua natural de 100 dias dada entre a oposição e quem venceu as eleições já foi rompida. 

 

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