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Waldemar Oliveira admite falhas do Governo Lula e a necessidade de mudanças em ministérios

Vice-líder do Governo na Câmara, deputado ressalta importância de nomes mais políticos que técnicos

Deputado federal Waldemar Oliveira (Avante) - Foto: Júnior Soares/Folha de Pernambuco

Vice-líder do Governo Federal na Câmara, o deputado Waldemar Oliveira (Avante) admite que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falhou ao colocar técnicos em alguns ministérios e acredita que as mudanças, em pouco mais de seis meses de gestão, precisam acontecer para que "as coisas destravem". Neste cenário, em entrevista ao Folha Política desta quarta-feira (19/07), o deputado também defende o nome do deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos), cogitado para o Ministério dos Esportes. 

"Acho que o Governo Lula, em alguns pontos específicos, botou técnicos e esqueceu de mesclar com políticos. "Aí as coisas travam. O político é mais objetivo, mais prático, quer resolver as coisas rapidamente. enquanto o técnico quer filosofar. Mas o povo está na fila dos hospitais, esperando os repasses acontecerem, ainda tem a defasagem de valores (da tabela do SUS)", listou o deputado.

Elogiou a possibilidade de indicação do também pernambucano Silvio Costa Filho para um ministério. "Silvio é um cara da política. O Ministério dos Esportes está travado. Botaram Ana Moser (no comando) e Marta (para auxiliar). São duas boas desportistas, mas é preciso botar um político pra fazer rodar o ministério. Talvez silvinho faça isso", pontuou, acreditando que a vaga de Ciência e Tecnologia deva ser ocupada por algum nome mais ligado ao presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). A  pasta hoje é ocupada pela pernambucana Luciana Santos (PCdoB), que iria para outro ministério. "Mas tudo muda muito rapidamente. Vamos ver".

Em pouco mais de duas semanas, o deputado, que é irmão do ex-candidato a vice na chapa de Marília Arraes (Solidariedade), Sebastião Oliveira, esteve com a ex-deputada federal, e acompanhou vários eventos na agenda da governadora Raquel Lyra (PSDB), ambas foram candidatas nas últimas eleições ao Governo de Pernambuco e continuam na condição de adversárias políticas. 

"Marília nos chamou para discutirmos Avante e Solidariedade em alguns municípios pontuais, como Serra Talhada, por exemplo. Estamos conversando. Mas sempre digo que antes é preciso combinar com o povo. O Avante tem cinco nomes e o Solidariedade tem outros cinco naquele município. Vamos fazer uma pesquisa e ver o melhor para encabeçar uma possível chapa", relatou, lembrando que o ex-prefeito e deputado estadual Luciano Duque (Solidariedade) é forte na região. Ele também descartou o próprio nome e o nome do irmão Sebastião Oliveira como possiveis candidatos à Prefeitura de Serra Talhada.

Sobre a relação com a governadora Raquel Lyra, disse que tem mantido bom trânsito no Palácio do Campo das Princesas, que mantinha boa relação com a gestora ainda quando era prefeita de Caruaru, no Agreste pernambucano, e aposta que passados os seis primeiros meses de Governo, Raquel Lyra terá mais chances de administrar com menos dificuldades. 

Veja a íntegra da entrevista:

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