A arte de decidir
“A nossa tomada de decisão está presente tanto nas decisões mais triviais que sequer temos consciência, até as mais sofisticadas. Tudo é tomada de decisão e no momento em que você tem um avaliação sobre toda a base profissional das pessoas, o que sobra ao profissional para garantir estar preparado para um cenário que ele não conhece ainda, é se sentir confortável e habilitado para a tomada de decisão. Esse é o processo mais importante hoje para que o profissional continue sendo válido e tendo empregabilidade e destaque no mercado”, afirma Luciano Salamacha.
O professor explica que influências ambientais, psicológicas, emocionais podem contribuir na hora de tomar uma decisão, mas não são os fatores mais importantes a serem levados em conta. “A grande sacada da tomada de decisão que pouca gente percebe é o quanto se é capaz de fazer o autodiagnóstico”. Segundo o professor, para saber decidir melhor é necesário estar aberto para avaliar o próprio comportamento. “O que a gente precisa entender é que a decisão se constrói de dentro para fora e não de fora para dentro. Os estímulos externos poderão ser mais ou menos absorvidos e impactantes na medida em que eu tenho um equilíbrio emocional e ciência do que estou fazendo”, aponta.
“Do ponto de vista etimológico, decisão vem do latim ‘des’ (afastar) + “caedere” (cortar, jogar fora). Decidir nada mais é do que escolher e eliminar as demais alternativas. Então, basicamente, cortar e jogar fora é a capacidade de tomar decisões. Quando eu entendo que esse é meu papel, vou entender que não sou perfeito, que sou sujeito a erros, que toda situação requer um timming, entendo que a habilidade que vai garantir o futuro não é apenas executar bem, é gerenciar o improvável, o não previsto. É aí que a pessoa cresce e mostra a que veio”, avalia Salamacha.
“A habilidade que vai garantir o futuro não é apenas executar bem, é gerenciar o improvável”, diz Luciano Salamacha, professor da FGV
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