A arte de decidir

Com exclusividade para a Folha de Pernambuco, o professor Luciano Salamacha traz dicas sobre tomada de decisão, a habilidade do futuro - Greg Vieira / Arte FolhaPE
Em todos as áreas da vida - e na na carreira profissional não é diferente - a tomada de decisões é uma habilidade que pode ser um diferencial no merca­do. As competências técnicas e o­pe­racionais já não são suficientes para definir um talento de destaque. Cada dia mais atenta pa­ra as habilidades de relacionamento, as áreas de recursos huma­nos e gestão de pessoas das empresas têm levado mais em conta a capacidade de tomar boas decisões. A Folha de Pernambuco entre­vistou com exclusividade Luciano Salamacha, professor de MBA da FGV e da Esic Internacional.



“A nossa tomada de decisão está presente tanto nas decisões mais triviais que sequer temos consciência, até as mais sofisticadas. Tudo é tomada de decisão e no momento em que você tem um avaliação sobre toda a base profissional das pessoas, o que sobra ao profissional para garantir estar preparado para um cenário que ele não conhece ainda, é se sentir confortável e habilitado para a tomada de decisão. Esse é o processo mais importante hoje para que o profissional continue sendo válido e tendo empregabilidade e destaque no mercado”, afirma Luciano Salamacha.

O professor explica que influências ambientais, psicológicas, emocionais podem contribuir na hora de tomar uma decisão, mas não são os fatores mais importantes a serem levados em conta. “A grande sacada da tomada de decisão que pouca gente percebe é o quanto se é capaz de fazer o autodiagnóstico”. Segundo o professor, para saber decidir melhor é necesário estar aberto para avaliar o próprio comportamento. “O que a gente precisa entender é que a decisão se constrói de dentro para fora e não de fora para dentro. Os estímulos externos poderão ser mais ou menos absorvidos e impactantes na medida em que eu tenho um equilíbrio emocional e ciência do que estou fazendo”, aponta.

“Do ponto de vista etimológico, decisão vem do latim ‘des’ (afastar) + “caedere” (cortar, jogar fora). Decidir nada mais é do que escolher e eliminar as demais alternativas. Então, basicamente, cortar e jogar fora é a capacidade de tomar decisões. Quando eu entendo que esse é meu papel, vou entender que não sou perfeito, que sou sujeito a erros, que toda situação requer um timming, entendo que a habilidade que vai garantir o futuro não é apenas executar bem, é gerenciar o improvável, o não previsto. É aí que a pessoa cresce e mostra a que veio”, avalia Salamacha.

“A habilidade que vai garantir o futuro não é apenas executar bem, é gerenciar o improvável”, diz Luciano Salamacha, professor da FGV

“A habilidade que vai garantir o futuro não é apenas executar bem, é gerenciar o improvável”, diz Luciano Salamacha, professor da FGV 


Dicas sobre tomada de decisão

Dicas sobre tomada de decisão - parte 2


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