Alimentos da mente: dicas para aumentar rendimento nos estudos

Folha de Pernambuco entrevistou especialistas de diversas áreas para apresentar sugestões para melhorar capacidade nos estudos - Arte FolhaPE

Com a alta concorrência e o acentuado nível de estresse entre os que decidiram dedicar a vida aos concursos públicos, além do empenho nos estudos é preciso levar em conta outros fatores como a saúde mental e a alimentação. Para ajudar a introduzir o assunto, a Folha de Pernambuco entrevistou especialistas de diversas áreas para apresentar alternativas aos concurseiros e elevar habilidades como capacidade mental, concentração e memorização, fazendo uso de ciências interdiciplinares e integradas.

Diversos fatores podem contribuir para a baixa performance em provas de concurso, entre eles algumas doenças da mente ignoradas por uma parcela expressiva da população por preconceito ou falta de informação. Ansiedade, neuroses e depressão são bastante comuns e podem reduzir a capacidade de aprender. Para o especialista em saúde mental e PhD em neuropsiquiatria pela UFPE, Valdenilson Ribeiro Ribas, identificar o problema é o primeiro passo. 


Dr. Valdenilson Ribas, psicólogo e Neuropsiquiatra pela UFPE, especialista em Saúde Mental

Dr. Valdenilson Ribas, doutor em Neuropsiquiatra (PhD) pela UFPE, especialista em Saúde Mental - Crédito: Léo Malafaia / Folha de Pernambuco



“Infelizmente alguns casos são assintomáticos, a pessoa não sabe que tem essas doenças”, alerta. Após o diagnóstico, um dos tratamentos disponíveis é a eletroencefalografia quantitativa, que consiste em um mapeamento cerebral para detectar possíveis desequilíbrios da atividade mental. Em alguns casos, é indicada medicação associada à psicoterapia e à nutrição funcional, além de tratamentos complementares como o neurofeedback - que consiste em inibir ou aumentar a onda cerebral com uma touca de 21 eletrodos - treinamento de concentração e amplitude da capacidade respiratória.

Além disso, correntes científicas da psicologia como a Gestalt e o Behaviorismo, diz o especialista, podem ser usadas para organizar os estudos, por exemplo, criando esquema de tópicos com todo o conteúdo na parede do quarto. Dr. Ribas ainda alerta para a necessidade de dormir bem para “limpar o parênquima cerebral, que é a região dos vasos sanguíneo que só será limpa pelo Líquido Céfalo Raquidiano (LCR) durante o sono moderado e profundo. Organizar o tempo e incluir momentos de lazer, diz o especialista, também é importante. Introduzida no Brasil há mais de 15 anos, a nutrição funcional, merece especial destaque como ferramenta eficaz no aumento de desempenho nos estudos. 


Dra. Joyce Moraes, nutricionista clínica funcional

Dra. Joyce Moraes, nutricionista clínica funcional - Crédito: Léo Malafaia / Folha de Pernambuco



Joyce Moraes, nutricionista clínica funcional, explica que não se trata apenas de uma profissional que ajuda a emagrecer ou engordar, como muitos poderiam pensar. “Através da nutrição funcional conseguimos melhorar o resultado frente aos estudos. Por exemplo, a capacidade de ter memória, fixar mais o conteúdo, reduzir a dispersão e melhorar a disposição. Ela já é uma ciência e é diferente da nutrição clássica ou tradicional, porque trabalha aspectos bioquímicos fisiológicos e cognitivos e vai montar uma alimentação para otimizar os resultados”. Através dos alimentos funcionais é possível equilibrar a dieta de acordo com as necessidades nutricional de cada indivíduo. Para isso, existem fontes alimentares indispensáveis para ampliar a capacidade de aprendizado. Por exemplo, o alecrim, que infusionado em chá ou como tempero de saladas e carnes ajuda a aumentar o foco e concentração.

Outro grande aliado do cérebro, de acordo com a nutricionista, é bastante consumido. “Ovo tem uma substancia chamada colina, imprescindível para as células do sistema nervoso central como, por exemplo, os neurônios”, comenta. Parte de nosso o nosso sistema nervoso é constituído de lipídio que pode ser nutrido com um azeite de boa qualidade, oléo de linhaça e de lichia. Já para a escolha das proteínas, ela sugere a preferência por peixes, especialmente a sardinha, que é rica em hiodo e ômega 3, eficiente no aumento da concentração. Já as Frutas e verduras eliminam os radicais livres. Os carboidratos, que muitos evitam, também são bem vindos. Bons carboidratos podem ser encontrados na macaxeira, batata doce e inhame. Além disso, beber água com frequência é fundamental.


Carmem Sophia, professora de Direito para Concursos

Carmem Sophia, professora de Direito para Concursos - Crédito: Arthur Mota / Folha de Pernambuco


 

“Essa vida de concurseiro é uma muito solitária, pois é apenas o concurseiro com seu objetivo. Ele precisa se conhecer pra saber do que é capaz. O que eu aconselho aos meus alunos sempre é que tenham foco no que pretendem alcançar. Aprender com os erros e observar o comportamento. Tenho excelentes alunos que na hora da prova não se dão tão bem porque não dormiram muito bem ou por outros fatores externos que são inevitáveis. É preciso conhecê-los”, aconselha a professora de Direito para concursos, Carmem Sophia.




 

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