Como identificar seu tipo de memória e melhorar a preparação para concursos
Auditiva, visual ou sinestésica: saiba qual seu tipo de memória predominante
Se preparar para concursos públicos é um desafio que não só exige dedicação, mas também estratégias de estudo bem definidas. Um dos pontos centrais para um aprendizado eficiente é entender qual é o seu tipo de memória predominante, o que ajuda a adaptar os métodos de estudo às suas necessidades.
Segundo a psicóloga Cristiane Souza, especialista em preparação para concursos, explorar as diferentes formas de memória — de curto, longo prazo, visual, auditiva e sinestésica — pode ser fundamental para os estudos.
A memória de curto prazo é responsável por armazenar informações temporárias, enquanto a de longo prazo permite a retenção duradoura de conteúdos.
Para quem estuda para concursos, o ideal é equilibrar o uso de ambas.
“É importante utilizar as duas memórias, de curto e de longo prazo, para estimular o equilíbrio dos estudos e da saúde mental”, explica. Isso pode ser feito mediante revisões periódicas, garantindo que o conteúdo seja armazenado com mais profundidade.
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Visual
Se você tem uma boa capacidade de visualização, pode utilizar técnicas que aproveitam a memória visual. A especialista recomenda formas para potencializar esse tipo de memória.
"Escrever para visualizar melhor as informações é uma ótima técnica para lembrar uma longa lista de itens. Além disso, recomendo o uso de fichas, cartões de memorização e mapas mentais”, aconselha Cristiane.
O processo de escrever e organizar informações auxilia na fixação do conteúdo e torna a revisão mais interativa e eficaz.
Auditiva
Se você aprende melhor ouvindo, pode explorar a memória auditiva para revisar conteúdos.
O uso de áudios de aulas e gravações pessoais pode ser uma ótima estratégia.
“Escolha fontes confiáveis e atualizadas, ouça com atenção e anote as informações mais relevantes”, orienta a especialista.
Criar seus próprios áudios de revisão também pode ser uma ferramenta valiosa, permitindo que você escute os conteúdos em momentos oportunos, como em deslocamentos ou antes de dormir.
Sinestésica
A memória sinestésica é menos comum, mas igualmente importante para quem tem facilidade em associar informações a sensações corporais, como cores, gestos e texturas.
Para esses candidatos, o uso de materiais físicos e interativos, como maquetes ou quadros de anotações coloridos, pode fazer toda a diferença.
“Pessoas com sinestesia aprendem mais facilmente combinando os tipos de memória e sentidos”, afirma Cristiane.
Essa combinação facilita a retenção de informações de maneira única, associando o aprendizado a diferentes sensações.
Memória predominante
Segundo Souza, existem diversos testes psicológicos que podem auxiliar na identificação do seu tipo de memória predominante. Entre eles, o teste de Extensão de Dígitos, que avalia a memória de curto prazo, e o teste Pictórico de Memória, que foca na memória visual.
Essas ferramentas ajudam a entender como o seu cérebro processa e armazena informações, facilitando a escolha das melhores técnicas de estudo.
Combinação
Cristiane Souza destaca que, embora seja importante reconhecer o tipo de memória predominante, o segredo para o sucesso nos estudos é a prática e a combinação de diferentes técnicas.
“A memorização por si só não vai levar tão longe. Para ter o melhor desempenho, é importante ter uma compreensão significativa dos componentes de estudo.”
Ou seja, aprender a usar a memória de forma eficiente é uma habilidade que deve ser treinada constantemente, adaptando-se aos pontos fortes e fracos de cada candidato.
Para quem encontra dificuldade em identificar o tipo de memória predominante, a especialista recomenda experimentar diferentes técnicas até encontrar as que melhor se encaixam no estilo de aprendizado.
“O importante é encontrar a abordagem que melhor se adapta ao seu estilo de aprendizado e aos objetivos da sua área de estudo”, diz Cristiane.
Com isso, o candidato é capaz de entender o funcionamento da memória e como potencializá-la ao identificar seu tipo predominante e combinar diferentes técnicas de memorização, promovendo não apenas um melhor aprendizado, mas também um processo de estudos mais eficiente e menos cansativo.