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Concurso público: saiba como se preparar para as vagas anunciadas pelo Governo Federal

Especialistas orientam a melhor maneira de se estabelecer uma rotina de estudos

Candidato deve analisar o edital e adaptar a rotina de estudos - katemangostar/Freepik

Os concurseiros de plantão ficaram empolgados com a autorização do Governo Federal para o lançamento das mais de 3 mil vagas no serviço público. O anúncio feito no último dia 18 amplia as oportunidades para quem busca a estabilidade de uma carreira em órgão nacional. Com as opções, é hora do candidato analisar as ofertas e se preparar da maneira correta para otimizar o tempo e evitar frustrações.

Do recente anúncio feito pela ministra da Gestão, Esther Dweck, estão 2.480 vagas por meio de concursos públicos. As demais 546 vagas serão preenchidas pela nomeação de pessoas já aprovadas em certames anteriores. Os servidores vão atender 22 órgãos, e os salários podem variar de R$ 6 mil a R$ 21 mil. Grande parte dessas vagas está concentrada basicamente em todos os ministérios sociais, não só os novos. Inclui, por exemplo, os ministérios do Desenvolvimento Social, Saúde, Mulheres, Direitos Humanos, Igualdade Racial e dos Povos Indígenas. Também vale destacar as oportunidades para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Serão 895.

Vale lembrar que no mês de junho, o governo já havia anunciado 4,4 mil vagas. De acordo com o Ministério da Gestão, desde o início do ano, já foram autorizadas ou abertas mais de 23 mil oportunidades.

Escolha do cargo
Segundo a psicóloga, professora e consultora Cristiane Souza, a primeira ação deve ser analisar todos os detalhes dos cargos oferecidos. “Os salários correspondentes, o número das vagas disponibilizadas e a localização das mesmas, além dos requisitos mínimos, como os critérios de avaliação e as etapas do processo seletivo”, analisa, destacando ainda a necessidade de observar se as vagas são de preenchimento imediato ou se o objetivo é formar um cadastro de reserva. Essa sondagem ajuda o candidato a entender, por exemplo, se deverá mudar de cidade. 

Já o professor de cursos preparatório para concursos públicos Ricardo Alexandre lembra a necessidade de se escolher a área do concurso. Para isso, é preciso conhecer seu perfil, áreas de interesse e as matérias que o candidato possui maior facilidade. “Não pode ficar atirando para todo o lado. Quando você está estudando para um concurso da carreira policial, vai treinar bastante direito penal e processo penal. No entanto, essas matérias possuem peso pequeno ou quase nenhum em um concurso da área fiscal. Você não pode se empolgar com a quantidade de vagas e dizer que vai concorrer a todas”, ponderou.

Conhecer seu perfil é essencial para direcionar os estudos. “Tanto das matérias que você tem mais facilidade de aprender, mas também aquelas que você não gosta”, afirmou. “No estudo em alto nível tem aquela classificação de pessoas que são mais auditivas ou mais visuais. Tem pessoas que só conseguem memorizar assuntos escrevendo, por exemplo. Cada um tem o seu jeito de estudar. Você pode incorporar técnicas de memorização e usar um método e aperfeiçoar, mas não abandonar seu método para usar outro que funcionou com fulano. Nem sempre o que funciona para uma pessoa, funciona para a outra. Não existe um único método”, concluiu.

Com os estudos em dia
Outra dica é procurar e analisar editais anteriores de concursos semelhantes ao pretendido. Isso vai dar uma noção da base das principais matérias que o concurseiro precisa focar. “Cada área possui assuntos básicos que o candidato precisa conhecer muito bem. Então, se você escolheu uma área, busque os editais de concursos semelhantes. Veja quais são as matérias básicas e faça um plano de estudo”, destacou Ricardo Alexandre.

Na trajetória rumo à aprovação, o concurseiro terá duas etapas diferentes nos seus estudos: uma pré-edital e a outra pós. “Tem muita diferença (no estudo pré e pós-edital). Antes do edital sair, você tem que investir no estudo das matérias básicas e que possuem um peso mais alto no seu certame. Dessa forma, você vai conseguir estudar do zero algumas matérias que são surpresa e que surgem com o edital”, avaliou o professor.

A rotina de preparação também deve ser estabelecida e, segundo Cristiane Souza, precisa ser montada com a escolha de uma carga horária que comporte os demais afazeres fora do tempo de estudo. Leia-se respeitar os momentos certos de alimentação e hidratação, manter a prática de atividade física e respeitar o período de sono. “E nada de achar que dá conta de tudo sozinho. Em algumas situações, vale consultar um especialista nas áreas do concurso em que ele está mentorando. Ele pode te ajudar no conteúdo em que se mereça dar ênfase”, finaliza.

Para se manter motivado
Os dois especialistas concordam que não adianta ter cargas de estudo exaustiva, em que o conhecimento acaba não rendendo e gerando apenas fadiga e cansaço. “Sem dúvidas o que vale é a qualidade do estudo. É preciso usar o tempo disponível para o estudo usando as técnicas que se adaptam ao seu perfil. Cada pessoa precisa encontrar sua motivação. Tem gente que coloca foto do carro que quer comprar, do cargo que quer ocupar. Eu lembro de uma situação engraçada quando um aluno pediu a cópia de um contracheque para usar como motivação. Cada um tem sua forma para se manter focado e motivado”, concluiu.

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