Museu do Ipiranga lança concurso para projeto de restauro e modernização
Os três melhores estudos preliminares de arquitetura serão selecionados. O terceiro colocado ganhará um prêmio de R$ 10 mil, o segundo, R$ 15 mil, e o primeiro, R$ 25 mil, além de celebrar o contrato para a elaboração do projeto executivo da reforma. Isso quer dizer que além de elaborar o projeto, o vencedor será responsável por detalhar como será executada a proposta que elaborou, determinando desde o material até a mão de obra.
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A escolha dos vencedores será feita por duas comissões e o julgamento deve durar até cinco meses. A primeira comissão será composta por representantes de cinco órgãos de tombamento municipais, estaduais e federais: Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp); Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat); Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan); Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU). A segunda comissão é técnica, formada pelos principais especialistas da área de restauro ligados à USP.
Depois de escolhida a proposta, o vencedor terá 15 meses para elaborar o projeto executivo, em seguida será aberta a licitação para a execução das obras. A empresa que vencer a licitação terá 30 meses para concluir o trabalho. O objetivo é reabrir o museu a tempo de preparar a exposição para a celebração do bicentenário da Independência do Brasil, em 2022. Entretanto, a administração do museu evita precisar nas datas porque cada etapa faz parte de um processo público que pode ser questionado.
Ao ser reaberto, o museu contará com suas instalações inteiramente modernizadas e adequadas às normativas de acessibilidade e segurança. O edifício passará a ser dedicado exclusivamente à visitação pública, com exposições que valorizem arquitetura monumental do prédio. Ao mesmo tempo as obras manterão as características originais porque o edifício é um patrimônio histórico tombado.
Histórico
De acordo com a direção do Museu do Ipiranga, o prédio está fechado desde 2013, quando um laudo feito para avaliar a cobertura identificou riscos de queda de parte do forro. A princípio era possível observar rachaduras e queda de parte dos ornamentos, mas um laudo indicou que não haveria como isolar só uma parte da sede.
Em seguida, a USP alugou sete imóveis no entorno do museu para guardar o acervo e continuar disponibilizando o material para pesquisa, e iniciou o processo de elaboração de laudos identificando os problemas do prédio.
Na última segunda-feira (4) o governo estadual, a USP e o Grupo de Mulheres do Brasil assinaram protocolo de intenções para união de esforços do setor público e da iniciativa privada para a restauração do museu. Segundo as informações da USP, cerca de 60 empresários participaram do evento.
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