Quando a profissão vem dos pais

oftalmologista - Foto/ Divulgação
Quando a referência profissional está dentro de casa, as chances de o jovem buscar a mesma trajetória são grandes e até justificáveis. O trabalho passado de geração para geração era até pouco tempo uma regra entre muitos estudantes preocupados com as escolhas do futuro e diretamente influenciados pelo exemplo construído na família. Segundo os aconselhadores de carreira, eis um contexto delicado e determinante para uma vida exitosa ou repleta de conflitos.

Quem está nessa sinuca de bico, de olho nas escolhas que batem a porta para o começo do próximo ano, a dica é se informar sobre todas as possibilidades disponíveis no mercado e não dar brecha para as imposições. É que, diferentemente do passado, hoje há mais acesso à informação e menos amarras para seguir as próprias vontades e identificar talentos. “Muitos pais desejam que seus filhos sigam determinada carreira, principalmente se for dentro de uma empresa ou de um negócio próprio. Por mais que isso seja apenas uma tendência, demanda uma série de fatores. Precisa envolver habilidade, vontade e paixão em fazer algo”, comenta o coach Allan Zeek, alertando a chance de alguém atender apenas as responsabilidades e expectativas de outras pessoas.

“Se levarmos em consideração que iremos trabalhar cerca de oito horas por dia, isso demandará aquele brilho no olho. É que estamos numa época em que se busca mais felicidade e não tarefas por obrigação. Por isso, muita gente troca de atividade querendo estar naquilo que faz bem”, completa o especialista. Para diminuir o estresse da escolha, as perguntas mais recomendadas a quem se vê encurralado numa decisão é pensar: “o que mais gosto de fazer?, ”quais são os meus talentos” e “como eu me vejo daqui a dez anos”. As perspectivas de futuro são as mais determinantes nesse processo. Afinal, nem sempre uma boa remuneração, que garante bens materiais, está relacionada à realização pessoal.

Quando pode dar certo
Por outro lado, não falta quem comemora preservar uma atividade que deu certo. Exemplo disso é a família Valença. O patriarca Tubal Valença foi o precursor da família no ramo da oftalmologia, iniciando a profissão ainda nos anos vinte do século passado. O filho, Durval Valença, sócio-fundador do Instituto de Olhos do Recife (IOR), manteve a tradição familiar, optando pela mesma atividade e hoje soma 55 anos de atuação.

“Quando papai faleceu, em 1983, ele já tinha mais de 50 anos de profissão. Ele foi um exemplo de vida e devoção pela medicina, o que me inspira até hoje a seguir trabalhando”, comenta o retinólogo Durval Valença. Quem vive essa experiência também garante que a troca de vivências enriquece os dois lados. Além de passarem para os filhos seus conhecimentos, os pais acabam também aprendendo com eles novas tecnologias de suas funções. “Tenho quatro filhos oftalmologistas, Durval Filho, Adriana, Marcelo e Luciana, com quem faço questão de me atualizar sempre, em congressos e eventos ligados ao nosso ramo. Somos inseparáveis não só como família, mas também como colegas da mesma área”, revela Valença.

Veja também

Fundação Gilberto Freyre abre neste domingo (29) com programação infantil
MUSEU

Fundação Gilberto Freyre abre neste domingo (29) com programação infantil

Mega-Sena: confira os números sorteados do prêmio de R$ 32,9 milhões
Mega-Sena

Mega-Sena: confira os números sorteados do prêmio de R$ 32,9 milhões

Newsletter