Recém-formados buscam espaço no mercado
Se você, leitor, integra o time de novos profissionais que buscam uma vaga, a primeira dica dos consultores de carreira é controlar a ansiedade e traçar um objetivo. “Eles têm pouca ideia daquilo que querem ser e o que esperam deles no mercado. Fruto de pouco conhecimento sobre si mesmo, gerando uma possibilidade de erros ao procurar colocações que não tenham a ver com o candidato”, aponta o diretor da Grow Consulting, Felipe Mançano, ao lembrar que o currículo de um iniciante diz muito a respeito ao mostrar a passagem por duas ou até três empresas que não condizem com a atuação pretendida.
Saindo do autoconhecimento, é hora de conhecer melhor o lugar onde se pretende trabalhar, buscando referências e valores internos que se relacionem com o recém-formado. “Muito mais do que um perfil técnico, as companhias de hoje procuram um contexto de aprendizado constante, disposto a se provocar e que não se acomode em uma zona de conforto, assumindo desafios diferentes. A procura tem sido mesmo por pessoas com visão sistêmica do negócio”, completa.
Algo que o bacharel em direito, João Lacerda, fez questão de demonstrar em sua curta trajetória rumo à contratação em um escritório de advocacia no Recife. “O primeiro emprego foi decorrente do meu segundo estágio, onde enfrentei etapas de entrevista com RH, redação livre e conversa com o responsável pela área de estágio. Minha maior preocupação era deixar claro o quanto eu poderia ser útil e capaz de desenvolver bem o meu trabalho”, lembra ele que, logo na entrega do currículo, focou nas atividades do estágio anterior com informações curtas e objetivas.
Detalhe importante, segundo a psicóloga, coach e consultora, Cristiane Souza. Ela lembra o quanto é indispensável ter um CV bem redigido, especificando apenas cursos e atividades que se relacionem à vaga.
“É preciso se preparar como um todo, porque, embora seja um momento de nervosismo, o candidato com a comunicação bem treinada, fará uma ótima entrevista. Mas isso ele só consegue reforçando suas leituras e praticando a oralidade”, reforça a especialista, que sugere ir além dos conhecimentos repassados no campus. Isso inclui cursos complementares que reforcem ideias e vivências.
“Se puder, faça um intercâmbio e se torne um exímio articulista”, resume Souza. Já no ambiente de trabalho, o comportamento deve ser o mais integrado possível, conhecendo bem os colegas e observando a forma como eles trabalham, além de buscar referências positivas e sempre pedir feedback sobre as atividades desempenhadas.