Recrutadores buscam mais que um currículo na hora de avaliar candidatos na área de tecnologia
Para as vagas no segmento especialistas analisam também perfil de rede social
O mercado de tecnologia tornou-se um dos mais aquecidos setores na última década. A necessidade apresentada no começo da pandemia da Covid-19 fez com que os processos de aceleração digital nas empresas fossem impulsionados em muitos anos e que a contratação de profissionais de tecnologia fosse cada vez mais almejada.
Apesar disso, o Brasil conta com um problema estrutural para resolver. De acordo com o estudo da Brasscom, o país chegará a 2025 com um déficit de 800 mil profissionais no setor.
“Como esses profissionais estão em falta, a oferta de vagas é grande, e diante deste cenário nasceu a necessidade de empresas de alocação e busca de talentos, especializados em TI, com o objetivo de alinhar o candidato e vaga de acordo com a necessidade de ambos, diminuindo assim o índice de rotatividade”, explica Nathália Gomes, HeadHunter de tecnologia da Ahoy, empresa que fornece serviços de alocação de profissionais de tecnologia.
Leia Também
• Vivo oferece 320 vagas de emprego exclusivas para mulheres; há oportunidades para Pernambuco
• Moura oferece 150 vagas para curso de tecnologia e programação
• Sesc oferece 19 vagas de estágio em Pernambuco
Com anos de experiência na função, Nathália acredita que o maior desafio da profissão de “caça-talentos” é identificar o profissional certo para encaixá-lo na vaga correspondente, seguindo os objetivos e desejos da empresa contratante.
Abaixo, a especialista elenca quatro pontos que todo recrutador deve levar em consideração na hora de analisar candidatos.
Home office está em alta e candidatos têm preferido esta opção
O home office é uma tendência global.Mesmo com a melhora efetiva da pandemia e o retorno das atividades presenciais, os candidatos têm optado por selecionar vagas que sigam esta modalidade. Além de melhorar a qualidade de vida, o home office também oferece aos recrutadores uma maior possibilidade de estudo sobre os candidatos de todo o país, e até de fora dele.
"Vejo de forma positiva quando o requisitante, no caso a empresa, adere ao modelo remoto, pois assim podemos ampliar a nossa busca de profissionais a nível mundial e não somente ficarmos limitados ao estado ou cidade onde a empresa contratante está localizada. Além disso, os candidatos também preferem essa modalidade e buscam cada vez mais pelo home office", conta Nathália.
LinkedIn e currículo são itens obrigatórios
Um bom currículo, seguindo as diretrizes corretas e o LinkedIn atualizado são pontos praticamente obrigatórios para quem deseja arrumar um emprego hoje em dia, e isso vale para diversas áreas do mercado de trabalho. Estes dois pontos são geralmente as primeiras coisas que os recrutadores observam ao buscar talentos ou ao fazer processos seletivos de vagas.
Se prepare para a entrevista
Praticamente todo processo de recrutamento possui entrevistas para conhecer o candidato e com o avanço da tecnologia muitas destas conversas são realizadas por plataformas de videoconferência.
“É importante que o candidato ligue a câmera para que o recrutador possa vê-lo. Além disso, alguns pontos antes da entrevista são essenciais, como testar a internet e entrar na sala com antecedência”, destaca a especialista.
Filtro de selecionados a partir de plataformas ajuda em menor rotatividade
Ter plataformas que auxiliem na busca de candidatos se tornou um grande facilitador para os recrutadores. Banco de dados com contatos de profissionais, plataformas disponibilizadas pelo mercado como APinfo, Slack e JobSlot, e aplicativos como Facebook e WhatsApp são maneiras diversificadas de se filtrar a busca por profissionais.
“Aqui na Ahoy prezamos pela qualidade invés da quantidade. Para nós é muito válido apresentarmos um ou dois candidatos ao nosso requisitante, que estejam adequados ao perfil da vaga de forma assertiva do que enchermos o nosso cliente de opções fora do perfil”, finaliza a HeadHunter.