Sem brechas para possíveis distrações

Não adianta se desesperar. A concentração exige, antes de tudo, muita disciplina e organização - Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco
Quem nunca se desesperou por não conseguir realizar uma tarefa diante de uma lista extensa de afazeres, que atire a primeira pedra. O caos, que gera mais ansiedade e menos eficiência, passa por um fator importante na rotina de qualquer estudante ou profissional já experiente: a distração. Essa palavra sedutora ao ritmo frenético de informações, demandas e cobranças dos dias de hoje tem frustrado muita gente na hora de ações simples do dia como, por exemplo, ler esta matéria até o fim.

Aliás, é na hora da leitura que está um dos grandes termômetros da agitação moderna. Para o americano Daniel Goleman, autor do livro “Inteligência Emocional”, a situação é notável, principalmente, nos jovens que cresceram em meio a aparelhos eletrônicos e sofrem pela dependência constante de uso. Sobre isso não faltam estudos garantindo que é preciso desacelerar o ritmo e focar mais.

Segundo a psicoterapeuta Ana Rique, a primeira coisa a fazer é identificar o que exatamente impede a concentração na hora de estudar para um concurso ou realizar uma atividade na empresa. Às vezes é algo fácil de notar, como barulho do ambiente ou interferências vindas do celular, telefone de mesa ou do computador. “E quando se sentir cansado, pare um pouco. Não adianta se angustiar e ficar incomodado com isso. Caminhe, volte e, se possível, mude o ambiente, porque mudando a tela mental, você renova os seus processos”, orienta.

Outra dica da especialista é treinar a meditação por 20 minutos diariamente. “Tanto melhora o seu rendimento na assimilação da informação, como diminui a tensão, reduzindo ainda a ansiedade, o nervosismo e a agitação”, sugere. Quem faz disso uma prática constante, garante que fica mais fácil controlar os pensamentos impulsivos ao suavizar o ritmo da respiração em momentos de euforia. “Mas, ainda assim, é importante você ter ciência sobre o que quer, pois terá noção de que sua tarefa de agora é para alcançar um objetivo no futuro”, completa Rique.

Para o coach Rodolfo Cunha, a capacidade de se concentrar é uma habilidade onde a atenção está aplicada onde, quando e durante o tempo que se quer. Então existe uma série de outros recursos possíveis de se praticar. “Há uma técnica muito boa, desenvolvida por Francesco Cirillo, chamada Pomodoro, que é dividir o seu tempo de trabalho ou estudo em blocos de 25 minutos. E o importante é não se preocupar em fazer inúmeras coisas nesse tempo, mas concluir aquilo que te aproximará do objetivo principal, tralhando nele sem interrupção. Ao final, faça uma pausa de cinco ou dez minutos e retome para mais um bloco de atividades”, aconselha.

Nas boas ações para o cérebro, Cunha ainda reforça a utilidade de reservar o horário certo de cada preocupação. “É preciso determinar um tempo no dia em que se vai resolver problemas e não levá-los para sua mesa de produção, então libere o cérebro da responsabilidade de pensar em certos temas a qualquer hora”, finaliza.

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