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Seminário discute a categoria e a criação de concurso público para professor indígena

Professores indígenas e seus líderes enviaram ao Governo do Estado um documento com alternativas para viabilizar o reconhecimento da categoria e a abertura do concurso - Úrsula /Arquivo Folha
Esta quarta-feira (29) foi o último dia do Seminário Sobre Categoria e Concurso para Professor Indígena, que aconteceu desde a última segunda-feira (27) na cidade de Pesqueira, Agreste do Estado. O evento reuniu representantes das 12 etnias indígenas de Pernambuco, representantes da Secretaria Estadual de Educação (SEE), do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), da Procuradoria Geral do Estado (PGE), da Secretaria de Administração de Pernambuco (SAD) e da Fundação Nacional do Índio (Funai).

O Seminário discute a categoria e a criação de um concurso público para professor indígena. Ao final do evento, as dezenas de professores indígenas presentes, acompanhadas de seus líderes, enviaram ao Governo do Estado um documento em que apresentam alternativas que possam viabilizar o reconhecimento da categoria e a abertura do concurso. “Nós, agora, enquanto governo, vamos montar uma comissão de entendimento constitucional e discutir todos os pontos deste documento a partir do mês de abril”, acrescentou Caetano Bezerra, superintendente de Política Educacional Indígena da SEE.

Segundo Caetano, Pernambuco pode se tornar o segundo estado brasileiro a criar concurso para professor indígena. “O seminário foi muito bom, muito proveitoso para a questão de reconhecimento do trabalho desses professores. Demos um passo importante na valorização da nossa educação e podemos, sim, reconhece-los assim como Roraima fez”, disse.

Ainda de acordo com o superintendente, a rede estadual de ensino de Pernambuco é a única que atende a educação indígena desde o ensino infantil ao ensino médio. Ao todo, 1.222 professores indígenas lecionam nas 142 escolas indígenas da rede estadual.

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