Você é concurseiro de primeira viagem?
Primeiro, é bom captar a ideia de que ninguém passa em um concurso público da noite para o dia. “Muitos iniciam sua preparação acreditando que basta se empenhar bastante, estudar por muitas horas e anos seguidos, e que uma hora a aprovação simplesmente chegará. Mas o que determina a aprovação é o desempenho, o resultado, a quantidade de acertos ou pontos no dia da prova”, alerta o coach Tobias Carvalho.
Sobre a escolha do concurso, ele reforça que este é um momento que não deve ser visto apenas do ponto de vista da oferta. “Para quem não sabe aonde quer chegar, parece que qualquer caminho serve. Isso pode significar um custo muito alto de tempo, energia e dinheiro para o candidato. Então o melhor a se fazer é refletir bastante sobre a escolha e focar naquela área escolhida”, aponta. A dica é conversar com outros candidatos, inclusive aprovados, conhecer a banca examinadora e exercitar com as provas anteriores. “Na hora de escolher, ele deve lembrar que essa decisão pode representar muitos anos de sua vida”, completa.
Feita a escolha, a sugestão é se pautar pelo edital. Se não tiver sido publicado ainda, acompanhar as noticias respectivas, reler os editais e as provas anteriores e seguir progredindo em todas as disciplinas. “Dependendo da importância de cada disciplina, deve-se destinar mais ou menos tempo para ela. Em alguns casos, não será possível estudar todos os pontos do edital, assim você deve priorizar aqueles que são mais cobrados nas provas daquele concurso”, reforça.
Como estudar?
Ao se deparar com o material impresso ou online, cada pessoa terá um mecanismo de fixação de conteúdo. Sobre a dúvida entre estudar sozinho, à distância ou presencial, Carvalho diz que a decisão envolve questões pessoais, como financeira, ritmo de estudo, custo de tempo com deslocamento e local adequado para concentração. No geral, não basta ir às aulas se a mente não está plenamente atenta ao que está fazendo.
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Segundo o educador físico Higo Paraíso, o mindfulness é um termo inglês, originado na doutrina budista, para exercitar a concentração em qualquer atividade. “Além dessa capacidade cognitiva ele também poderá se beneficiar através da regulação emocional, já que a sobrecarga de concursos e o fato de lidar com resultados positivos e negativos das provas traz à tona uma série de emoções”, defende. Na prática, é fazer algumas respirações profundas antes de iniciar o dia de estudo. Uma prática de silêncio de três minutos também é válido. Faça alongamentos antes dos estudos e pausas ao longo da jornada de leituras com práticas meditativas curtas.
Preparação em três níveis:
Pelo coach Tobias Carvalho
Tático:
Envolve a estratégia propriamente dita. Distribuição de disciplinas, gestão do tempo e dos horários de estudos.
Técnico:
Diz respeito ao conteúdo. A famosa “bagagem de estudos” que o concurseiro precisa ter. Neste nível, o foco está em definir fontes de estudo, medição de aprendizado e memorização, preparação específica para provas, simulados e resolução de questões.
Emocional:
Identificação de crenças limitantes, atenção à inteligência emocional e equilíbrio psicológico, preservação do foco e da motivação durante os estudos e administração da ansiedade nas provas
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