Em todo início de gestão municipal, o cenário é exatamente o mesmo para os prefeitos que assumirão o mandato pela primeira vez. Não deveria ser assim, mas infelizmente essa realidade está muito longe de acabar.

Virou cena comum que computadores sumam, HDs desapareçam, documentos virem cinzas e mais um montão de coisas assim. Isso sem contar no completo desaparecimento de aparelhos de televisão, condicionadores de ar, gravadores, computadores, laptops e muitos outros “materiais de trabalho” que somem como mágica.

Quem passará por esse cenário, agora, é o prefeito de Passira (Agreste do Estado), Severino Silvestre (PSD). Empossado no último dia 1º, ele já adiantou que a prefeitura lhe foi entregue “em um cenário de grande desgaste estrutural e financeiro”.

Segundo Silvestre, sua antecessora e a equipe não realizaram o pagamento dos servidores efetivos no último mês de dezembro, como também não efetuaram o pagamento do 13° salário aos aposentados, nem os proventos relativos ao mês de dezembro, além de entregar prédios públicos sucateados e uma total desordem financeira com as despesas e com os fornecedores.

Além dos problemas financeiros e de estrutura, os arquivos dos computadores com informações estratégicas do governo municipal foram apagados. "Falta de compromisso com a máquina pública é o que resume a herança da antiga gestão. A situação é caótica. Financeiramente estamos vivendo um verdadeiro caos. Só restaram nos cofres públicos um valor aproximado de R$ 3.800,00," revelou o atual prefeito.

Ainda de acordo com Silvestre, medidas estão sendo tomadas para a solução dos problemas, inclusive com a publicação de um decreto de calamidade pública que será emitido pela prefeitura. Mas a exemplo dos demais gestores, o prefeito de Passira está ciente de que o eleitorado o colocou no cargo máximo do município para resolver os problemas, e não para reclamar de quem os criou. E o tempo urge.

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