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Cassação como punição

A prefeita eleita de Sertânia (Sertão do Moxotó), Pollyanna Barbosa Abreu (PSDB), enfrenta o desafio de reverter a decisão da 62ª Zona Eleitoral, que cassou seu registro de candidatura por abuso de poder econômico. A sentença, que também declarou inelegíveis sua vice Teresa Raquel Viana (PSDB) e aliados, apontou irregularidades como o suposto uso de máquinas de sua empresa e propaganda irregular, comprometendo a igualdade do pleito. A Frente Popular, autora da ação, considera a decisão uma vitória parcial ao expor as práticas eleitorais da adversária.

Em nota, o PSDB contestou o julgamento, classificando a decisão como “equivocada” e reafirmando a legalidade da campanha de Pollyanna. O partido declarou estar mobilizado para recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), reunindo provas para tentar reverter a sentença.

A legenda também reforçou sua confiança na Justiça Eleitoral e no processo democrático, buscando manter a vitória obtida nas urnas.

Com recursos pendentes e novas etapas jurídicas pela frente, o caso transforma a vitória eleitoral de Pollyanna em uma disputa prolongada. Além de comprometer a continuidade da gestão da eleita, a decisão amplia a instabilidade política em Sertânia, colocando o município no centro de uma batalha que pode se arrastar até os tribunais superiores.

Mais controle

O MPPE recomendou à gestão de Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, a implantação de ponto eletrônico para os servidores da Secretaria de Saúde, exigindo, em 10 dias, um plano detalhado para modernizar o controle de frequência. A medida, que também proíbe o teletrabalho sem previsão legal, expõe a falta de regulamentação da administração municipal sobre a presença e produtividade de seus profissionais.

Interinidade e críticas

No comando interino da Prefeitura de Petrolina, no Sertão do São Francisco, Aero Cruz (PDT) aproveitou a ocasião para criticar a Compesa pela falta de investimentos em saneamento, alegando que a gestão municipal precisava assumir obras em bairros como Santa Luzia e Dom Avelar com recursos próprios. Durante entrevista a uma rádio local, Aero reforçou que a ausência de apoio estadual em áreas de infraestrutura e abastecimento hídrico sobrecarrega o orçamento municipal, que poderia ser direcionado para saúde e educação.

Sob pressão

A contratação sem licitação de R$ 100 mil para serviços de digitalização pela Prefeitura de São José do Egito, no Sertão do Pajeú, colocou a gestão municipal na mira de críticas. Embora a empresa Denize Torres Candeia ME tenha esclarecido que o processo ultrapassou os limites legais da Lei 14.133/2021, o caso reforça o debate sobre o uso recorrente de dispensas de licitação em serviços contratados por prefeituras. Cabe ao prefeito Evandro Perazzo Valadares (PSB), explicar como decisões como essa se alinham à gestão responsável e à transparência prometida à população.

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