Marília defende união na oposição e rechaça ser tratada como "moeda de troca"
Cumprindo mais uma agenda política em Petrolina, no Sertão do São Francisco, a deputada federal Marília Arraes (PT) afirmou que a disputa pelo Governo de Pernambuco, em 2022, deve ser analisada em separado do projeto maior do seu partido: a consolidação de um amplo palanque de forças em torno de uma nova candidatura de Lula, maior líder do partido, à Presidência da República.
Marília admitiu, inclusive, que o PSB possa estar incluído nesse projeto. Desde sua saída da legenda socialista, há cinco anos, a deputada tem feito duras ressalvas ao seu ex-partido, sobretudo após as eleições municipais do Recife, em 2020. No entanto, Lula e o PT cogitam uma reaproximação com o PSB para o pleito do ano que vem.
Mesmo que o PSB decida apoiar o projeto nacional do PT, ela defende não apenas o lançamento de mais uma candidatura das oposições ao governo do Estado, como também que esses eventuais candidatos possam estar no mesmo palanque em nível nacional. “Que a gente possa agregar todo o Estado em torno de uma candidatura do presidente Lula, e que a gente possa ter uma candidatura própria (ao governo) para defender o legado do partido, o que o PT fez, o que Lula fez, a importância que ele teve para Pernambuco e para o Brasil”, ponderou.
Marília, no entanto, rechaçou qualquer possibilidade de servir de “moeda de troca” num apoio do PSB a Lula. Nos bastidores, por exemplo, já se cogita que ela pode ser convidada pelos socialistas para compor uma chapa majoritária como candidata a senadora. “Na política, pra gente mudar de opinião tem que acontecer algo muito concreto. A gente não pode dizer às pessoas que confiam, que veem esperança na gente, e dizer: ‘olhem, teve uma negociação e mudou tudo, esqueçam tudo o que eu falei’. Isso não é do meu perfil. Não vou rasgar minha coerência por conta de um cargo”, argumentou.
Aproximação
O deputado federal Sebastião Oliveira (Avante) agendou encontro de trabalho com o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Serra Talhada, Carlito Godoy. Este será o primeiro contato dos “ adversários” depois que ex-prefeito Luciano Duque (PT), declarou que o deputado serra-talhadense poderia ajudar liberando emendas para pavimentação das vias de acesso do distrito industrial da cidade.
Na luta em Brasília
O prefeito de Exu, Raimundo Saraiva (PSB), esteve em Brasília para debater as necessidades da cidade para o desenvolvimento urbano como a viabilidade de recursos para melhoria da iluminação pública. O prefeito disse que conseguiu a liberação de quase 1 milhão de reais de recursos financeiros, em contratos de repasse, para a pavimentação de ruas do município.
Novas adesões
O deputado estadual Henrique Queiroz Filho quer aumentar sua base eleitoral. Ele já conta os prefeitos Zé Maria de Cupira, Fabinho Queiroz, de Buenos Aires, Dr. Leandro de Gameleira e Adriana Paes de Glória do Goitá. Agora a base foi ampliada com a chegada do prefeito de Tracunhaém, Irmão Aluízio (PL). O presidente da Câmara de Vereadores de Maraial e prefeito interino, Everaldo do Queijo (PP), também virou aliado.